Hoje (12), às 19h30, na Paróquia São Pedro e São Paulo, no Bairro Industrial Xarquinho, inicia o tríduo preparatório para a Ordenação Diaconal de Jonas da Silva. O celebrante hoje será o padre José Rodrigues.
Amanhã, quinta-feira, no mesmo horário, segundo dia do tríduo, o celebrante será o padre Everton, e na sexta-feira o bispo emérito da Diocese de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva.
A Missa Solene de ordenação diaconal de Jonas da Silva será no sábado (15) às 9h30, com celebração presidida pelo bispo diocesano Dom Amilton Manoel da Silva.
Natural de Grão Pará, Santa Catarina, Jonas mudou-se aos sete anos para São Bento do Sul. Filho caçula de Vivaldino Inácio da Silva e Marlene de Fátima Buzelatto da Silva, cresceu ao lado da irmã Jocelaine. Embora tenha se interessado pela engenharia civil e trabalhado na área, foi na espiritualidade que ele encontrou o verdadeiro propósito de vida.
O primeiro contato com Bethânia
Ao site GMais Notícias, Jonas contou que conheceu a Comunidade Bethânia em 2014, durante um retiro de Carnaval em Ponta Grossa, Paraná. Naquele retiro, realizado na Chácara da Copiosa Redenção, ele teve a primeira experiência com o carisma de Bethânia, por meio de um retiro conduzido por Padre Vicente de Paula, moderador da Comunidade. Durante o evento, mais de 300 jovens participaram e, foi ali, que Jonas teve um encontro pessoal com Deus.
“Foi nesse momento, dentro da renovação carismática, que eu tive o meu repouso no Espírito. Padre Vicente rezou por mim e, logo após, me chamou na sacristia para compartilhar algo que Deus havia colocado em seu coração. Ele disse que Deus tinha um propósito extraordinário para a minha vida e me convidou a conhecer mais de perto a comunidade Bethânia”, relembra Jonas com emoção.
O encontro com Bethânia foi um marco. O que mais o tocou foi a missão de acolher e restaurar a dignidade das pessoas, especialmente aqueles que estavam em situações de vulnerabilidade, como os moradores de rua. Ao abraçar o primeiro filho em situação de rua, Jonas entendeu que poderia ajudar a devolver a dignidade de cada ser humano, fazendo com que eles experimentassem a verdadeira paternidade divina.
Jonas reconhece que até então, o sonho era ser engenheiro civil. No entanto, ao se aproximar de Bethânia, ele compreendeu que a vocação era construir algo muito maior: “Eu entendi que Deus queria que eu construísse o céu aqui na terra. Hoje, tenho convicção de que a minha missão, enquanto sacerdote, é ajudar a construir o Reino de Deus aqui na Terra”, afirma.
O processo formativo dentro da comunidade foi fundamental para o discernimento da vocação. Jonas se lembra de momentos de oração e reflexão sobre a história de vida. “Eu comecei a me perguntar por que não ser padre. Quando criança, já servia na minha comunidade e era coroinha. Eu ouvia de algumas senhoras que eu tinha jeito de padre. Foi então que comecei a me questionar: por que não doar um tempo da minha vida para ver o que Deus realmente queria de mim?”, compartilha ele.
Em 2017, a vontade de entregar a Eucaristia ao povo foi uma grande motivação para Jonas. Ele recorda com carinho um episódio que marcou a jornada. “Eu falei para Deus: se tu me queres como padre, me permita entregar a Eucaristia. No entanto, naquele ano, não pude, e só depois, em dezembro, no Kairós da comunidade, Deus falou claramente no meu coração: Eu não te permiti entregar o meu Corpo porque te quero como padre aqui, na Comunidade Bethânia”.
Com o apoio e incentivo do Bispo Dom Wagner, da Diocese de Guarapuava, o caminho sacerdotal foi oficialmente autorizado pela comunidade em 2018. Desde então, Jonas tem se dedicado a preparação, que combina a vida consagrada com a formação presbiteral. “Foram 10 anos de formação e discernimento, e hoje vejo o quanto isso foi necessário para alcançar maturidade espiritual e pessoal”, afirma com gratidão.
(Jorge Teles com informações do site G Mais)
