
Entre os dias 13 e 15 de junho de 2025, Guarapuava acolheu o segundo módulo da Escola para Acompanhadores Vocacionais, promovida pela Escola Vocacional do Regional Sul 2 da CNBB. O encontro aconteceu no Centro de Formação São Juan Diego, reunindo representantes das dioceses do Paraná.
O tema trabalhado nesta etapa foi o “Amadurecimento humano e vocacional das vocações juvenis”, conforme explicou Ângela Maria Freire, vice-coordenadora do Serviço de Animação Vocacional (SAV-PV) no regional. Segundo ela, a participação foi expressiva e muito positiva. “Tivemos apenas uma ausência, justificada. As dioceses continuam comprometidas, participando com o mesmo empenho do primeiro módulo”, destacou.

A formação teve como assessor o padre Marcelo Ribeiro da Silva, doutor em Filosofia pela Unioeste e assessor regional da Pastoral Vocacional. Ele conduziu as reflexões sobre o desenvolvimento humano em suas diversas etapas, com ênfase na fase juvenil como momento propício ao despertar vocacional.
“Nesta segunda etapa da Escola Vocacional, trabalhamos o amadurecimento humano e vocacional da pessoa juvenil. Estudamos cada fase do desenvolvimento humano, desde a gestação até a vida adulta, compreendendo o corpo, o psiquismo e a espiritualidade”, explicou padre Marcelo.
Durante sua exposição, o assessor utilizou a imagem da metamorfose para ilustrar o processo vivido pelos adolescentes:
“O adolescente, ao passar por mudanças, tende a se fechar. Mas é nesse recolhimento que ele descobre a interioridade e começa a perceber os primeiros sinais de vocação. Depois, ao entrar na juventude, ele abre sua subjetividade, sonha, quer experimentar a vida — e é aí que surgem os grandes ideais.”
Padre Marcelo também refletiu sobre a transição entre juventude e vida adulta, que se dá, segundo ele, no choque entre os ideais e a realidade.
“O adulto é aquele que mantém os sonhos, mas caminha dentro do possível. É nessa tensão que o amadurecimento acontece”, afirmou.
A formação também ‘bebeu’ da exortação apostólica Christus Vivit, do Papa Francisco, que oferece à Igreja importantes diretrizes sobre o ambiente necessário para o amadurecimento do jovem dentro da comunidade eclesial.
“Para mim, foi uma experiência muito bonita trabalhar esse tema. Espero que os participantes levem consigo uma compreensão mais pacífica e integrada do que significa o amadurecimento humano na perspectiva vocacional”, concluiu padre Marcelo.
Próxima etapa em outubro

De acordo com Ângela Maria, o terceiro módulo da Escola para Acompanhadores Vocacionais já está agendado para os dias 17 a 19 de outubro de 2025, novamente em Guarapuava. O tema será: “O acompanhamento comunitário e de grupo nos encontros vocacionais.”
A Escola tem como objetivo capacitar agentes para o acompanhamento vocacional nas dioceses e arquidioceses, qualificar o trabalho dos acompanhadores, compreender o itinerário vocacional nos contextos juvenis e adultos, e implantar estruturas de acompanhamento comunitário e pessoal.
Além dos módulos presenciais com assessoria especializada, a Escola oferece encontros online com leitura dirigida, revisões temáticas, acompanhamento espiritual aos cursistas e supervisão das atividades práticas, promovendo uma formação completa e integrada para o serviço vocacional da Igreja.