Sínodo dos Bispos 06 – DIÁLOGO NA IGREJA E NA SOCIEDADE

Confira a síntese da sexta de dez perguntas realizadas durante os trabalhos de escuta do Sínodo dos Bispos.

Ao longo de um ano a diocese de Guarapuava está publicando, a cada mês, a síntese das respostas de cada pergunta realizada durante os trabalhos de escuta do Sínodo dos Bispos 2021/2024, convocado pelo Papa Francisco. No mês de março, descobriremos como nossa diocese dialoga com a sociedade. É um diálogo que inclui e respeita a opinião de todos? Confira a síntese:


Síntese da questão 06: DIÁLOGO NA IGREJA E NA SOCIEDADE

Percebe-se que os espaços de acolhimento, escuta, diálogo e convivência social com todos os irmãos/irmãs são de boa integração, porém, ainda assim existem exclusões que precisam de um olhar atencioso.

A participação da comunidade nas pastorais e movimentos é “morna”, faltando atividades entre elas que venham a motivar os fiéis.

Para o crescimento na fraternidade, na participação e comunhão na Igreja, sugeriu-se uma vivência maior na vida comunitária através da participação nas pastorais e movimentos, fazendo assim a experiência de discípulos missionários. Alguns sacerdotes falam com sabedoria e ensinam com amor, enquanto que outros precisam trabalhar esses dons.

Tudo pode ser resolvido no diálogo, mesmo que as opiniões sejam diferentes. O diálogo exige primeiramente a escuta, a disponibilidade em aprender com o outro, sendo uma ferramenta ideal para que as partes possam entrar num consenso. A capacidade de dialogar serve de termômetro para avaliar a vivência da fraternidade.

Além disso percebe-se de modo geral que nas vizinhanças, indiferente de religiões, as pessoas se dão bem, se visitam e se ajudam quando se trata da convivência pessoal. Por outro lado, as divergências na Igreja ocorrem muito com o uso das redes sociais que na maioria das vezes propagam notícias falsas ou mal interpretadas. Faz-se necessário que a publicação ou anúncio das notícias sejam sempre realizados em fontes confiáveis e oficiais, tais como os sites do Vaticano, da CNBB e da Diocese. Nesse sentido, vê-se, portanto, que muitas vezes a divergência na igreja e entre fiéis se dá pela falta de leitura crítica da comunicação. As divergências são resolvidas com autoritarismo e pelo silêncio, o que faz com que as pessoas se calem e vão para outros lugares viver a sua fé. Não se dialoga e se prefere o afastamento. A autoridade do padre acaba preparando os leigos para não questionar.

Entrementes, a postura de autoridade do padre pouco ajuda os leigos a resolverem tais divergência de visão, conflitos e dificuldades. Por isso a importância em investir na formação da boa comunicação, no feedback, em uma comunicação não violenta e escuta ativa, buscando ensinamentos com outros cristãos e em outras religiões, sem diluir nossa fé. Falta o caminhar juntos como Igreja e sociedade. A Igreja ainda insiste em se colocar como quem ensina e não como quem aprende com os diversos setores da sociedade. O diálogo é um ponto emergente na vida eclesial.

A chave principal que erige no processo de escuta para resolver conflitos é: saber ouvir, respeitar e dialogar com as pessoas que pensam e agem diferente de nós. Entre a Igreja Católica e outras denominações religiosas não existe diálogo ou um esforço para uma ação conjunta de evangelização, bem como nas dificuldades, como foi a pandemia, por exemplo.

A missão da Igreja é também contribuir para o desenvolvimento humano em todas as esferas da sociedade, ela deve ser uma motivação para a busca da harmonia, da paz, do progresso e da dignidade. A igreja deve estar sempre preparada, para se envolver ativamente na reconciliação.


Confira as sínteses de todas as questões já publicadas, desde agosto de 2022:

Introdução:

01 – Companheiros na Viagem:

02 – Ouvindo:

03 – Falando:

04 – Celebrando:

05 – Corresponsáveis pela Missão:

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