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Encerrada a visita pastoral de Dom Amilton à Paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas

Ontem, 26 de junho, encerrou-se a visita pastoral de Dom Amilton Manoel da Silva, bispo diocesano de Guarapuava, à Paróquia Santo Antônio, no município de Manoel Ribas.

Escola Municipal Renato Siloto

Logo pela manhã, Dom Amilton visitou a Escola Municipal Renato Siloto e, em seguida, a comunidade indígena, onde presidiu a Santa Missa.

“Essa comunidade indígena, que reúne cerca de 450 famílias, é marcada por uma participação ativa e uma organização admirável. Estive aqui há cerca de dois anos, quando ministrei o Sacramento da Crisma. Na ocasião, vários adolescentes foram crismados. Hoje, ao perguntar quem havia sido crismado naquele dia, me surpreendi com a grande presença deles na celebração — sinal de perseverança e compromisso com a fé”, destacou Dom Amilton em suas redes sociais.

À tarde, o bispo visitou uma comunidade que abriga uma réplica da imagem de Santo Antônio, símbolo de devoção local. Já à noite, presidiu a Santa Missa de encerramento na Igreja Matriz, seguida do Terço Luminoso. A oração, inicialmente prevista para acontecer pelas ruas da cidade, foi realizada dentro da igreja em razão das condições climáticas.

Ao final da visita, Dom Amilton conversou com o padre Anchieta, pároco local, pelas redes sociais. Na ocasião, o bispo expressou sua gratidão pela acolhida e organização de todas as comunidades:

Comunidade indígena

“As comunidades organizaram muito bem. Cada uma, com criatividade, acolheu o bispo, manifestou sua história, partilhou sobre a fundação, a vida em comunidade e a importância de pertencer à Igreja. Isso alegra o coração do bispo e dos padres. Agradeço pelo trabalho e pelo serviço evangelizador à frente da paróquia, estendo minha gratidão também ao padre Jair, padre Pedro, aos noviços, postulantes, religiosas e a todas as lideranças envolvidas nas pastorais, movimentos e equipes. Percebi aqui um povo muito católico, fervoroso, participante, que canta, reza e é profundamente solidário. Há uma sensibilidade notável com a dor do próximo. A Igreja transmite sua fé pela palavra, pela liturgia, pela oração e pelo serviço — que é a caridade. Aqui encontrei uma Igreja viva, que manifesta sua fé por meio desses pilares.”

Dom Amilton também reforçou o chamado à comunhão e à unidade com a diocese: “Continuem animando o povo de Deus a caminhar em unidade com a Diocese de Guarapuava, em comunhão com o magistério do Papa Leão XIV. É bonito ver o engajamento desta paróquia nas assembleias, encontros e reuniões decanais. Caminhamos juntos, em espírito de sinodalidade.”

Capela onde encontra-se a réplica da imagem de Santo Antônio

Ao final da conversa, padre Anchieta, em nome da comunidade, agradeceu a presença do bispo: “Nossa gratidão a Deus, à nossa Mãezinha do Céu — a Imaculada Conceição, Nossa Senhora de Belém, padroeira da nossa Diocese. Conte com nossas orações, e nós contamos com as suas.”

Antes da bênção final, Dom Amilton convidou a todos para a 4ª Festa da Unidade, que acontecerá no fim de novembro: “Quero contar com todos no dia 29 de novembro, quando realizaremos a 4ª Festa da Unidade. Vamos encerrar o Ano Jubilar da Esperança e dar início ao Ano Jubilar Diocesano, celebrando os 60 anos da nossa Diocese de Guarapuava, sob a proteção da Virgem Maria, a Imaculada Conceição, Nossa Senhora de Belém. Deus abençoe a todos!”

Breve histórico da Paróquia Santo Antônio – Manoel Ribas – PR

Texto: Professora Elenice Kulkamp Reguel

A história da Paróquia Santo Antônio, em Manoel Ribas, Paraná, remonta ao ano de 1938, quando Donato Borges cedeu sua residência para a celebração das Santas Missas em louvor a Santo Antônio. As cerimônias iniciais eram realizadas com o auxílio de uma pequena imagem do padroeiro.

Em 1942, o Bispo Diocesano designou um local específico para a edificação de uma igreja de madeira, cuja construção foi possível graças à colaboração da comunidade. Naquela época, as missas eram infrequentemente celebradas, ocorrendo a cada três ou seis meses, devido à distância dos padres Antônio, João, Martim e Francisco, que residiam em Pitanga e se deslocavam a cavalo.

A primeira festividade em honra a Santo Antônio foi celebrada em 13 de junho de 1942, e incluía novenas preparatórias, erguimento de mastro e bandeira, ornamentação do andor e as tradicionais fogueiras.

Em 1951, o Padre João Koening foi nomeado para a recém-criada Paróquia de Campina Alta, marcando a segunda igreja a ser estabelecida, desta vez no perímetro urbano. Padre Koening dedicou anos ao planejamento da construção de uma nova igreja. Em 1976, em colaboração com o Padre Eduardo Clemente, deu início à concretização de seus planos. A pedra fundamental da atual Igreja Matriz foi lançada em 13 de junho de 1978, em uma grande festividade, e a igreja foi solenemente consagrada pelo Bispo Diocesano Dom Frederico Helmel em 28 de setembro de 1980.

Após a demolição da primeira igreja, o Padre Eduardo Clemente, em conjunto com os moradores locais, empreendeu a construção da atual Capelinha de Santo Antônio. Esta foi erguida precisamente no local do altar da primeira igreja, com o intuito de preservar a memória desse marco histórico. As imagens originais de Santo Antônio e da Imaculada Conceição, doadas pelos moradores da época, permanecem preservadas até hoje como testemunhos primários dessa rica trajetória.

Em 2007, por iniciativa de Elenice Kulkamp Reguel, hoje historiadora e pedagoga com pós-graduação em História Social, Ensino Religioso e Educação Especial Inclusiva, e com o apoio do então Pároco Padre José Fernando Manguer e demais membros da Igreja, foi iniciado um projeto de restauração desse patrimônio histórico-religioso. O projeto contou com o apoio integral do Pároco Padre Avelino Oestreich e da comunidade.

A pedra fundamental da Capela foi lançada em 13 de fevereiro de 2012, em uma celebração presidida pelo Padre Luiz Grudnski. Em 13 de Fevereiro de 2025, a capela celebrou 13 anos de existência.

A história da Paróquia Santo Antônio é um testemunho vívido da fé inabalável e da resiliência de uma comunidade. Cada pedra, cada imagem, cada celebração ecoa o fervor dos que, ao longo das décadas, dedicaram suas vidas à construção e preservação deste sagrado espaço. É um legado de união e devoção, um elo perene entre o passado e o presente, que continua a inspirar e a guiar gerações na jornada da fé e da caridade cristã, perpetuando a chama da esperança e da espiritualidade em Manoel Ribas.

Jorge Teles com Ana Paula Meira SulzbachPascom da Paróquia Santo Antônio de Manoel Ribas

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