
No último dia 19 de março, a Irmã Teresinha realizou sua consagração definitiva no Mosteiro Beneditino em Uberaba (MG). Natural de Guarapuava, antes de ingressar na vida religiosa, ela era conhecida como Rita Banack Marcondes. Agora, como monja beneditina, vive totalmente entregue a Deus por meio da vida de clausura, oração e trabalho, testemunhando sua fidelidade à vocação contemplativa.
Irmã Teresinha, nesta segunda-feira, 24 de março, concedeu entrevista ao jornalista da Diocese de Guarapuava, Jorge Teles.
JORGE TELES – Quem é a Irmã Teresinha?
IRMÃ TERESINHA – Sou guarapuavana, filha adotiva, tenho dois irmãos também adotivos. Meu falecido pai chamava-se José Maria da Rocha Marcondes e minha mãe, ainda viva, chama-se Nair Banack Marcondes.
JORGE TELES – Como era sua vida antes de ingressar no mosteiro?
IRMÃ TERESINHA – Antes da vida religiosa, trabalhei em Guarapuava na loja Mil Malhas, pertencente ao casal Simone e Eduardo. Inicialmente trabalhei diretamente na loja e depois na livraria “Cantinho do Rosário”, que ficava no mesmo espaço. Minha vida sempre foi muito ativa na Igreja: fui Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão, catequista, participei do grupo de oração da RCC “Doce Coração de Maria”, na Catedral, fui coordenadora do Rosário Perpétuo e terciária da Ordem dos Mínimos, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

JORGE TELES – Conte-nos sobre seu despertar vocacional.
IRMÃ TERESINHA – Desde jovem senti atração pela vida religiosa, gostava de ler sobre a vida dos santos e assistir filmes sobre eles. Os testemunhos me emocionavam profundamente. Em uma ocasião, viajei com a turma da catequese ao Mosteiro da Ressurreição, em Ponta Grossa. Durante a oração das Vésperas com os monges, senti o Senhor me atrair profundamente. Foi um momento lindo, como se ouvisse os anjos cantando. Após conversar com um monge, irmão João da Cruz, ele fez contato com o mosteiro das Monjas em Uberaba. Conheci as monjas, fiz uma experiência vocacional e imediatamente percebi que aquele era meu lugar. Uma alegria imensa inundou meu coração ao entrar na clausura. Deus cuidou de tudo, inclusive da minha mãe, que hoje mora comigo no mosteiro.
JORGE TELES – Como é o dia a dia no mosteiro?

IRMÃ TERESINHA – Vivemos segundo a Regra de nosso pai São Bento, na obediência a Cristo, representado em nossa abadessa, Madre Escolástica. A vida beneditina se resume no lema “Ora et Labora” – oração e trabalho. O louvor divino é fundamental para nós. Iniciamos nosso dia com a Vigília às 4h50, depois as Laudes, seguidas da Santa Missa às 7h. Após a missa, temos uma hora de Lectio Divina e em seguida as Horas Menores: Tercia, Sexta e Noa. Às 17h rezamos as Vésperas e, às 19h45, as Completas. São sete momentos de oração comunitária ao longo do dia, intercalados com trabalho e estudo. Não atuamos diretamente em paróquias, mas o mosteiro está aberto para quem desejar rezar conosco e participar da Santa Missa. Dispomos também de uma hospedaria para acolher sacerdotes e leigos que buscam um espaço para retiros espirituais. Além disso, temos o grupo dos oblatos, formado por leigos que recebem formação sobre a espiritualidade monástica e a Regra de São Bento, integrando-se à nossa família monástica.
JORGE TELES – Que mensagem a senhora deixa para as meninas e jovens que sentem um chamado à vocação religiosa?
IRMÃ TERESINHA – Não tenham medo de responder ao chamado de Deus. É importante buscar fazer uma experiência vocacional para descobrir o seu lugar. Jovem, se você sente interesse em nos conhecer, entre em contato pelo telefone (34) 3338-2566 ou pelo e-mail mnsgloriaub@gmail.com. Deus sempre nos reserva uma felicidade plena ao respondermos ao seu chamado.
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Uma resposta
Parabéns a Irmã Terezinha, minha prima Rita Marcondes, muita resiliência e felicidade na sua nova empreitada de vida.