Deus sempre chama pessoas para serem a sua voz no meio do povo.
A 1ª leitura (Ez 2,2-5) fala da missão de Ezequiel, enviado por Deus para ser a sua voz ao povo rebelde e obstinado de Israel, que estava exilado na Babilônia. A missão confiada era difícil, mas Deus faria saber que “no meio do povo havia um profeta”.
Na 2ª leitura (2Cor 12,7-10), temos a experiência de Paulo. Paulo reconhece e assume a sua fraqueza. Pede três vezes ao Senhor que o livre de um “espinho” que o incomoda na carne. Deus garante a Paulo e a todos os que têm algum tipo de “espinho”: “Basta-te a minha graça; pois é na fraqueza que a força se realiza plenamente”.
No Evangelho (Mc 6,1-6), encontramos a experiência de Cristo. Jesus ensinava na sinagoga de Nazaré. O povo se admirava da sabedoria, dos milagres e, perplexo, se perguntava: “Quem é esse homem? Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria?”. Eles esperavam um Messias guerreiro como Davi, um sábio como Salomão, por isso o rejeitam por ser um homem comum do povo. Jesus, decepcionado, concluiu: “Um profeta não é estimado entre os seus”. Mas apesar da incompreensão, continuou fiel aos planos do Pai. O profeta é aquele que vive em comunhão com Deus e está atento à realidade humana; ele é chamado a ser a “voz” de Deus, pela palavra e pelo testemunho. Mas, a denúncia profética implica, muitas vezes, a perseguição, em muitos casos, a própria morte.
Pelo batismo nos tornamos profetas do Senhor e Ele sempre nos dará a força para superar os nossos limites e para cumprir o que nos pede, não tenhamos medo.
Bom domingo!
Deus te abençoe +