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Quem ama o Filho, no mínimo, respeita a sua Mãe

Por dom Amilton Manoel da Silva, CP

Num mês mariano, em que o povo brasileiro celebra a sua padroeira, um pastor evangélico, durante um culto, transmitido pelas redes sociais, chamou Nossa Senhora Aparecida de “satanás vestido de azul”.

Não é a primeira vez que vemos pessoas despreparadas e desqualificadas usando o nome de Deus, como donos da verdade e proprietários da fé, se achando no direito de agredir, ferir e destilar ódio nas pessoas que pensam diferente ou que professam outro credo.

Quem conhece a história sabe, que o fanatismo e o extremismo, nunca contribuíram para o bem da sociedade e muito menos para o verdadeiro significado das religiões. Por isso, em pleno século XXI, é inadmissível compactuar com a intolerância religiosa manifestada em afirmações infundadas e maléficas, bem como, atitudes que esmagam experiências pessoais e coletivas de fé de um povo.

Os símbolos religiosos já aparecem no Antigo Testamento, sobretudo, no templo de Jerusalém, como expressões que ajudavam os judeus na transcendência. No Novo Testamento, Jesus se serviu de inúmeras imagens para falar do mistério, do inexplicável, do Reino que não era deste mundo.

Na Igreja que Cristo edificou sobre Pedro, o símbolo das chaves apontou uma outra realidade. Daí em diante, como ignorar a riqueza da arte nas imagens, texturas, cores e formas, numa Igreja que já perdura por mais de dois mil anos, educando seus filhos a viverem a vocação a que foram chamados, a santidade, servindo-se do universo sensível?

Realmente, o discípulo não é maior do que seu Mestre, se chamaram o Filho de “chefe dos demônios” (Lc 11,15), do que não chamariam sua mãe e os que o seguem? Quem diz amar o Filho, no mínimo, respeita a sua mãe, pois do contrário, precisa ao menos aprender o que é “ser humano”, para se auto definir como “pastor” que ensina suas ovelhas sobre o que “é divino”.

Perdão, Jesus, pelos que ainda não acolheram o Teu pedido no alto da cruz: “Eis a tua mãe”. Perdão, pelos que dizem ser Teus discípulos, mas ainda não levaram a Tua mãe, que a partir daquele momento, também se tornou nossa, para casa, como fez o discípulo amado.

Perdão, pelos que ainda não tem a consciência, de que o amor à Tua mãe facilita a entrada no Teu Coração. Perdão, porque se desprezam a Tua mãe é porque nunca amaram a mulher que os gerou e que, ao menos deveriam respeitar, chamando-a de mãe!

Maria, Nossa Senhora Aparecida, mãe de Deus e nossa. Te amamos! Continue com teu amor inclusivo de mãe, a amar e cuidar dos que ainda não te chamam de “bem-aventurada”, como profetizaste no Magnificat. Mãe, cubra-nos com teu vestido azul, porque o inferno está distante desta cor do céu!

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