
Sob o tema “Esperança em Movimento” e o lema de Dom Helder Câmara — “As fronteiras só existem onde não há amor” —, chegou ao fim nesta quinta-feira, 25 de setembro, em Foz do Iguaçu, o Congresso promovido pela Cáritas Brasileira. O encontro reuniu cerca de 400 pessoas, vindas de diversas regiões do Brasil e de países da América Latina — como Paraguai, Argentina, Peru, Venezuela e Cuba —, além de representantes da Espanha e da Itália, conforme destacou Suzete Orzechowski, secretária da Cáritas Diocesana de Guarapuava.
A abertura contou com a presença de lideranças da Igreja e de instituições parceiras: Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina e presidente da CNBB Sul 2; Dom Sérgio de Deus Borges, bispo de Foz do Iguaçu; Dom Mário Antônio da Silva, presidente da Cáritas Brasileira; e Enio Verri, diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional.
Durante os dias de congresso, os participantes vivenciaram momentos de espiritualidade, mesas de debate, plenárias temáticas e atividades culturais. O foco esteve na valorização das experiências de migrantes e refugiados, com a abordagem de assuntos urgentes como mudanças climáticas, deslocamentos forçados, tráfico de pessoas, políticas públicas de acolhimento, interculturalidade, saúde mental e racismo socioambiental.
“Resultou do Congresso uma carta a todos os povos em defesa do bem viver que queremos. ‘Deus está na pessoa de quem chega’ e somos discípulos do migrante que foi Jesus Cristo. Perseveramos nas conquistas de leis justas, recursos e direitos garantidos pela dignidade da raça humana”, apontou Suzete.
Realizado na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, o congresso reafirmou-se como um espaço de reflexão, comunhão e compromisso diante dos crescentes desafios migratórios do mundo atual.

Jorge Teles com Cáritas
Uma resposta
Foi um momento ímpar. Com a presença de nossos Bispos e padres vivenciamos a espiritualidade da acolhida e da hospitalidade. 🙏