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Dom Peruzzo reflete sobre a misericórdia na Amoris Laetitia durante encontro de estudo sinodal

Na manhã deste sábado (20), os participantes do encontro da “Conversa Sinodal inspirada na Amoris Laetitia”, iniciaram o dia com a oração do santo terço, com meditações sobre o papel da família na formação dos indivíduos, conduzida membros da Província Eclesiástica de Curitiba.  

Após o café, participaram da última conferência com o professor Diogo Pessotto sobre a perspectiva antropológica da Amoris Laetitia. Logo após, o primeiro painel sobre a exortação apostólica foi apresentado pelo arcebispo de Curitiba, dom José Antônio Peruzzo, que abordou o tema da misericórdia na Amoris Laetitia. Em sua fala, ele destacou que o tema familiar é sempre atual e desafiante.  

Ouça a matéria em áudio:

“Toda vez que se abordam temas como família, vida matrimonial, educação dos filhos, parece que já se disse tudo e ainda se está a falar, não porque os enunciados são insuficientes, mas porque as experiências humanas são sempre renovadoras e também as crises se renovam”, afirmou. 

O arcebispo ressaltou ainda que, nos tempos modernos, a família é uma das instituições mais atacadas e fragilizadas. Por isso, segundo ele, é necessário retomar constantemente o olhar cristão sobre essa realidade, com destaque para a vida matrimonial. 

 “O matrimônio interpretado dentro da perspectiva cristã, católica e sacramental. Foi isso que eu tentei fazer, mostrar a sua dignidade. Por um lado, nada de novo aí, mas o que o Papa Francisco propõe para aqueles casos que não deram certo, que fracassaram, ou famílias que não estão bem, quantas rupturas e quantas dores, quantas feridas”, explicou dom Peruzzo. 

 Ao abordar a misericórdia, o arcebispo reforçou a missão da Igreja de cuidar especialmente dos que sofrem. “A missão da Igreja não é cuidar de quem está com saúde e bem, mas daqueles que estão feridos espiritualmente. Como um médico, o próprio Evangelho assim destaca: são os doentes que precisam. A Igreja quer oferecer suas longas experiências e possibilidades de sentido, incluindo aí a pastoral para aqueles casos de novas uniões”, disse. 

Segundo ele, falar sobre a misericórdia de Deus diante de situações difíceis é uma necessidade e um compromisso pastoral. 

“Como cuidar desta gente e como a Igreja pode exercer também a misericórdia de Deus para casos tão difíceis e muitas vezes tão fortemente assinalados por sofrimentos? Foi isso que conversamos. O assunto é inesgotável, mas abordá-lo é uma obrigação, não para solucionar, mas para buscar caminhos possíveis que destaquem a misericórdia de Deus para estes casos”, concluiu o arcebispo. 

Ao longo deste sábado, mais três painéis sobre a Amoris Laetitia serão apresentados, dentro da programação do encontro que acontece em Foz do Iguaçu e se encerra no domingo ao meio-dia. 

Texto: Jorge Teles – Jornalista Diocese de Guarapuava
Fotos: Karina de Carvalho Nadal – Jornalista CNBB Sul 2

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