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Encontro vocacional reúne famílias e futuros seminaristas no Seminário Propedêutico Nossa Senhora de Belém

Neste domingo, 16 de novembro, o Seminário Propedêutico Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, acolheu o terceiro encontro vocacional de 2025, um momento dedicado exclusivamente aos jovens já aprovados para ingressar na casa de formação no próximo ano. A presença das famílias marcou profundamente a programação, que contou com momentos de convivência, formação, oração e a participação do bispo diocesano, Dom Amilton Manoel da Silva.

O reitor do Seminário, padre Matheus Kurta, explicou que o encontro teve um caráter especial por envolver diretamente os pais e responsáveis. Segundo ele, o grupo deste ano é composto por oito vocacionados já aprovados para iniciar a etapa propedêutica em 2026. “Nós acolhemos os meninos que ao longo deste ano, ou de anos anteriores, estavam sendo acompanhados pelos encontros vocacionais. Esse terceiro encontro é exclusivo para aqueles que já estão aprovados para o ingresso no seminário no próximo ano”, explicou. O sacerdote recordou que, durante a semana que antecedeu o encontro, a equipe do seminário visitou pessoalmente cada um dos oito jovens. “Visitamos a casa deles, as famílias, e convidamos tanto o vocacionado quanto a família para este encontro”, contou.

A programação do domingo se estendeu das 9h às 16h. O reitor detalhou que o dia foi estruturado para proporcionar acolhimento e transparência às famílias: “Neste encontro de um dia só, nós tivemos a presença do Dom Amilton para conversar com as famílias, das terapeutas que vieram mostrar a importância do papel familiar no discernimento, e também dos formadores, eu e o padre Everton, que passamos algumas informações, conduzimos momentos de oração e de missa, para que os pais saibam onde os filhos vão residir no próximo ano”, afirmou.

Dom Amilton fez questão de estar próximo dos futuros seminaristas e de suas famílias. Padre Matheus contou que o pastor diocesano chegou após o almoço e assumiu um momento de diálogo e acolhida. “Dom Amilton fez uma fala muito bonita aos meninos. Ele acolheu cada vocacionado, cumprimentou as famílias e deixou claro que estamos felizes em recebê-los no próximo ano”, afirmou o reitor.

Segundo ele, o bispo destacou a proximidade que mantém com a casa de formação: “Nós explicamos às famílias que toda terça-feira Dom Amilton reza a missa conosco. Ele se faz muito próximo, acompanha de perto a vida do seminário, e isso dá uma segurança muito grande para os vocacionados e para nós formadores”, disse.

Em sua fala, o bispo manifestou alegria e esperança diante da nova turma. Padre Matheus relatou que ele afirmou:
“Estou muito feliz em acolhê-los. Contem sempre com a presença e a oração do bispo. O seminário é uma casa que caminha com vocês.”

Dom Amilton também fez uma relação entre a vocação sacerdotal e os desafios vividos recentemente pela Diocese, especialmente após o tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu. De acordo com o reitor:
“Ele fez um paralelo muito bonito. Disse que a missão do padre é ser pastor em todas as horas — inclusive nas crises, nos sofrimentos, nas dores do povo — e que essa é a missão para a qual o Senhor nos chama.”

Por fim, o bispo dirigiu uma palavra de encorajamento aos jovens: “Ele motivou os meninos dizendo que estejam abertos a tudo aquilo que o Senhor lhes pedir. Foi um momento muito forte e muito significativo para eles”, completou padre Matheus.

Durante o encontro, os futuros seminaristas ainda receberam uma ficha com informações importantes para o ingresso no seminário em fevereiro de 2026. Para o reitor, este é um momento decisivo para que a nova turma se conheça. “Entregamos uma ficha com tudo o que é necessário trazer no próximo ano, além de uma ficha de compromisso e responsabilidade. Esse encontro é fundamental para que as famílias se conheçam, eles se conheçam, e possamos iniciar a caminhada com alegria. Agora é tempo de expectativa, de espera e de agradecer ao trabalho vocacional nas paróquias e comunidades”, disse.

Um processo que evoluiu com o tempo

Padre Matheus destacou que a presença das famílias no seminário antes do ingresso dos jovens é uma prática relativamente recente. “Esse é o terceiro ano consecutivo em que trazemos os familiares para dentro do seminário. Antes, o jovem participava do último encontro vocacional do ano e recebia a carta de aprovação; o reitor às vezes conseguia visitar a casa, mas nem sempre chegava a todos, e muitos ingressavam sem que a família conhecesse o ambiente”, explicou.

Para ele, esse contato tornou-se indispensável: “Hoje vemos a necessidade das famílias conhecerem o ambiente, saberem que aqui temos professores, diretores espirituais, terapeutas, uma equipe de colaboradores… E a presença do bispo vem como um coroamento, pois aproxima a diocese e a Igreja das famílias.”

Outro ponto que passou a integrar o processo formativo foi a visita do reitor e do diretor espiritual à casa dos vocacionados. Padre Matheus considera esse passo essencial: “É algo muito efetivo e eficaz. Acabamos conhecendo mais da família, da comunidade onde essa vocação floresceu. Conversamos com o pároco, quando possível, e descobrimos raízes que depois precisamos valorizar na formação. Os meninos vêm da comunidade e voltarão para servir outras comunidades. Esse vínculo é precioso.”

O perfil dos vocacionados

Sobre o perfil dos novos seminaristas, o reitor explicou que a participação comunitária é fundamental. “Sempre pedimos que continuem participando da comunidade. Há aqueles que desde crianças, incentivados pela família, já estavam engajados. Outros despertam após algum retiro, acampamento ou encontro. Cada um tem sua história, e por isso o acompanhamento é personalizado”, afirmou.

Segundo ele, o envolvimento comunitário é decisivo no processo vocacional: “Não tem como ouvir o chamado estando fechado em casa. Se somos chamados ao sacerdócio, com o carisma do Cristo Bom Pastor, precisamos estar com o povo, percebendo suas necessidades e respondendo com nosso ‘sim’.”

A importância da oração pelas vocações

Padre Matheus também reforçou a necessidade de toda a Igreja rezar e incentivar novas vocações. “Agradecemos o enorme trabalho de evangelização e oração pelas vocações, aquela dezena vocacional rezada antes das celebrações. É muito importante. Eu digo aos meninos: vocês não têm ideia de quantas pessoas rezam por nós”, afirmou.

O sacerdote lembrou que a pastoral vocacional não se trata apenas de convidar jovens ao seminário, mas de apoiar todos os estados de vida: “Precisamos falar bem da vocação sacerdotal, da vida consagrada, religiosa e das famílias. Às vezes percebemos um certo desprezo quando um jovem diz que quer casar, ir para o seminário ou para o convento. Precisamos incentivar. Se for vontade de Deus, será confirmado. Se não for, não é caminho perdido”, destacou.

Com serenidade e maturidade, ele completou: “O seminário nunca é um caminho perdido. Muitos passaram por esta casa, fizeram discernimento e hoje são excelentes pais de família, excelentes profissionais. O seminário é uma escola do Evangelho, uma escola de humanidade. Que os jovens possam vir fazer essa experiência e, com a graça de Deus e a equipe formativa, dar o passo decisivo em sua vocação.”

O encontro terminou com um clima de alegria e esperança, reforçando o compromisso da Diocese de Guarapuava com o cuidado e o discernimento vocacional, sempre em comunhão com as famílias e com a vida de fé das comunidades.

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