
A Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, deu mais um passo rumo à conclusão de suas obras. Nesta semana foi iniciada a pintura dos novos espaços internos da igreja, um trabalho que marca o início da primeira etapa deste projeto.
O pároco da Catedral, padre Jean Patrik, explicou que esta fase contempla dois ambientes importantes. “A primeira etapa consiste nas duas conchas: do lado esquerdo, a Pia Batismal, onde será a Capela do Batismo; e, na sequência, do lado direito, a Capela do Santíssimo”, detalhou.
Para a execução da pintura, chegou a Guarapuava a artista plástica Maria Fonseca, responsável pelo desenvolvimento artístico desta etapa. Nascida em Fortaleza, no Ceará, em 1985, a artista plástica Maria Fonseca se dedica à Arte Sacra desde seus 14 anos de idade. Oriunda de família católica, se especializou em Arte Sacra e em Iconografia Bizantina, aprimorando seu dom artístico num ateliê da comunidade católica, onde cresceu, e teve como mestres Cláudio Pastro, padre Dimitrios Bertani, Guadalupe Monteiro.
Seu talento se expressa sua produção de ícones, pinturas, mosaicos, vitrais e azulejos, espalhados em várias igrejas no Brasil. A inspiração principal de seu trabalho é: “Deus faz tudo belo ao seu tempo” (Eclesiastes 3,11), buscando servir ao Mistério Pascal de Cristo através dos traços e cores.
Assista a entrevista realizada com a artista plástica
Expectativas e próximos passos
Padre Jean ressaltou que a meta é entregar ainda neste ano tanto a Capela do Santíssimo quanto a do Batismo. “Pretendemos entregar já prontas para uso. É um projeto muito bonito e completo. Para o próximo ano, a ideia é, ao menos, realizar a pintura central. Porém, como se trata de uma obra grande e onerosa, talvez seja necessário parar aí. Se conseguirmos avançar, pretendemos também concluir o Presbitério em 2026, com a estrutura de granito, e quem sabe deixar a mobília para 2027. Tudo vai depender das arrecadações. Estamos fazendo tudo com prudência, para não nos endividarmos”, destacou.

O pároco lembrou ainda que a participação da comunidade é fundamental para a continuidade das obras. “A comunidade já vem ajudando. Temos o Carnê Construção, que é uma forma de contribuição, além das doações espontâneas que recebemos. O dízimo também é em grande parte destinado a isso, sem contar as coletas e até o tradicional pastel das quintas-feiras, que se tornou uma forma simples, mas significativa, de colaboração”, explicou.
Com o apoio dos fiéis e da comunidade local, a Catedral segue dando passos firmes para a concretização de um sonho que une fé, arte e história em Guarapuava.
Jorge Teles com fotografia e vídeo de Mauricio Toczek