A Paróquia São João Batista, em Prudentópolis, segue firme em seu compromisso com a evangelização, vivendo de forma concreta o estado permanente de missão. No último final de semana, os missionários da paróquia estiveram nas comunidades de Vitorino, Marrecas, Tijuco Preto e São Pedro, levando a Palavra de Deus, a escuta fraterna e a presença viva da Igreja às famílias.
Entre os participantes estava a jovem Elen, da Pastoral da Juventude, que participou pela primeira vez de uma missão. Ela visitou as comunidades de Vitorino e Marrecas e não escondeu a emoção. “Foi uma experiência surreal. Uma oportunidade que Jesus me deu e que com certeza vou aproveitar mais vezes. Foi minha primeira missão e agora tenho certeza de que não vou querer perder mais nenhuma. Foi muito bom: as risadas, a presença de Jesus, de Maria, do Espírito Santo… Tudo foi incrível”, contou.
Elen também destacou a acolhida calorosa das famílias visitadas. “Fomos muito bem recebidos. Assim como eles ficaram felizes com a nossa presença, nós também nos alegramos em poder estar ali, servir, conversar. E não é preciso falar bonito ou fazer grandes discursos. Às vezes, o simples toca o coração. Cada abraço, cada sorriso, cada história, cada testemunho… tudo foi incrível. Ser missionário é uma dádiva, uma vocação. É um chamado de Jesus, especialmente para os jovens, para sermos sal e luz do mundo. Que mais pessoas possam fazer parte dessas missões.”
A missionária Laura, de 19 anos, catequista, membro da Pascom e de grupos de jovens, compartilhou da mesma emoção. Também presente em Vitorino e Marrecas, ela refletiu sobre o contraste entre a realidade da cidade e a das comunidades rurais. “Foi um choque de realidade. Nós, da cidade, somos muito abençoados e, às vezes, não percebemos. Encontramos muitas famílias que não têm conhecimento espiritual, não entendem a importância da Missa, do amor de Deus e de Maria. Foi muito bom poder partilhar o pouco que sabemos, levar o amor de Jesus a quem talvez nunca tenha sentido isso antes”, disse.
Laura também viveu a experiência de pernoitar na casa de uma senhora da comunidade. “Era uma casa humilde. Nunca imaginei que dormiria num lugar assim, mas fui recebida com tanto carinho. Foi uma experiência única. Estar em comunhão com os irmãos, levando a Palavra, é exatamente o que Jesus pede de nós.”
Isabele, que participou pela segunda vez das missões, também ressaltou os frutos da experiência. “Foi muito especial e gratificante. Fomos para servir, mas voltamos evangelizados. Deus agiu nos pequenos detalhes. Compartilhar momentos com pessoas tão especiais fortaleceu os laços e me aproximou até de quem eu nem conhecia direito. Deus tem um propósito em tudo, e acredito que esta missão também serviu para nos unirmos como irmãos na fé.”
Mas não foram apenas os missionários que saíram transformados. Quem os recebeu também viveu momentos marcantes. Salete Miranda Penteado, moradora de Vitorino, testemunhou a alegria de acolher os jovens. “No início, achávamos complicado receber tantas pessoas, mas tudo deu certo. Para nós, foi muito bom e gratificante. Uma experiência nova e muito positiva”, afirmou.
Na comunidade do Tijuco Preto, a missão foi conduzida pelo grupo do Terço dos Homens, que visitou todas as casas com apoio da coordenação local. Um dos representantes relatou: “É uma comunidade com mais de 200 famílias, sendo a maioria ucraniana. Visitamos idosos, inclusive uma senhora de 97 anos com saúde invejável, que cuida da casa e do quintal. Algumas famílias, no início, ficaram receosas por medo de falsos missionários. Mas, com diálogo e apoio dos guias da comunidade, fomos acolhidos com carinho. As visitas foram um grande aprendizado. Deus seja louvado!” Lá a missão foi encerrada com a Santa Missa presidida pelo padre Elizeu, coroando um dia de intensa vivência fraterna.
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Outro grupo de missionários, ligado à Renovação Carismática Católica (RCC), esteve na comunidade São Pedro, onde foram visitadas cerca de 180 famílias. Entre os missionários estavam veteranos como Sérgio, catequista há 46 anos, e Dona Salete, com 47 anos de catequese. Eles levaram doçura e evangelização, não só com palavras, mas com gestos concretos.
Um dos momentos mais tocantes foi relatado pelos missionários: Dona Rose, que costuma receber a capelinha de Nossa Senhora todos os dias às 18h, emocionou-se ao ver os missionários chegarem em sua casa no domingo, às 15h — hora da Misericórdia. “Ela chorou muito e disse que Nossa Senhora foi à frente para trazer os missionários até ela”, contou um dos participantes.
