
Desde esta última segunda-feira, 9 de junho de 2025, a Igreja Católica iniciou a segunda parte do Tempo Comum no calendário litúrgico.
Após a celebração da Solenidade de Pentecostes, a liturgia volta a marcar as semanas ordinárias da caminhada cristã, guiando os fiéis pela escuta contínua da Palavra e pela vivência concreta do Evangelho no dia a dia.
O Tempo Comum é o período mais longo do Ano Litúrgico. Divide-se em duas partes, a primeira, que se inicia após a Festa do Batismo do Senhor (em janeiro) e vai até a Terça-feira antes da Quarta-feira de Cinzas e a segunda parte, que retoma após Pentecostes e segue até a Solenidade de Cristo Rei do Universo, no final de novembro.
Com vestes verdes no altar, símbolo da esperança cristã, o Tempo Comum convida os católicos a redescobrirem a beleza do simples, do rotineiro e do perseverante. É o tempo de semear no silêncio, confiando que Deus age também nas pequenas coisas.
Em entrevista à TV Pai Eterno, padre Jean Patrik, reitor do Santuário Diocesano Nossa Senhora de Belém e Cura da Catedral, em Guarapuava, destacou que apesar do nome ser “comum”, não é um tempo qualquer. “Muitas pessoas de repente poderiam pensar que a palavra ‘comum’ tem a ver com algo que é desprezível, porque a gente até usa no dia a dia. Não é nesse sentido, o ‘tempo comum’ é um convite que a Igreja nos faz a vivermos o ordinário da nossa fé”.
Durante o Tempo Comum, a Igreja reflete especialmente sobre a vida pública de Jesus, seus milagres, parábolas e ensinamentos, reforçando o chamado à conversão, à fidelidade e ao seguimento de Cristo em todos os aspectos da vida: na família, no trabalho, na comunidade e na sociedade.
Neste ano de 2025, Ano Santo Jubilar, proclamado pelo saudoso Papa Francisco sob o lema “Peregrinos da Esperança”, o Tempo Comum adquire ainda mais força espiritual. É oportunidade para os fiéis viverem com profundidade a misericórdia de Deus, conforme indicado pelas orientações jubilares do Vaticano, e testemunharem a esperança no cotidiano da vida.