O Cristão é um cidadão como todos os outros. Desfruta dos mesmos direitos e tem os mesmos deveres, mas temos que ter consciência do que é de Deus e de César.
Na 1ª leitura (Is 45,1.4-6), um rei pagão foi “instrumento de Deus” para libertar o seu povo da escravidão da Babilônia. Ciro, Rei da Pérsia, no ano 538, depois de conquistar a Babilônia, permitiu aos judeus voltarem à própria terra e começarem a reconstruir o templo e a cidade de Jerusalém. O profeta chama o rei pagão de “ungido do Senhor”. Ciro torna-se instrumento de Deus, mesmo sem ser membro do povo da Aliança. Ele pertencia a César (pagão), mas deu a Deus o que era Dele (seu povo).
Na 2ª leitura (1Tes1,1-5b), Paulo louva o Senhor, porque a Comunidade de Tessalônica abraçou com entusiasmo o Evangelho, e pela ação do Espírito Santo, deu frutos de fé, de amor e de esperança. É a carta mais antiga do Novo Testamento.
No Evangelho (Mt 22,15-21), Jesus responde a uma pergunta política: “É permitido ou não pagar o tributo a César?”. Se dissesse “sim”, apareceria como colaborador da dominação romana. Se dissesse “não” seria denunciado às autoridades romanas como subversivo. Jesus percebe a armadilha. Pede uma moeda e pergunta: “De quem é essa imagem? Dai, pois, a César o que é de César…” e acrescenta: “A Deus o que é de Deus”. A César se paga impostos porque temos obrigação com a nação e o bem estar de todos. A Deus se dá adoração e, como no ser humano está a imagem de Deus, então devemos dar a Deus o que é Dele: respeito com a vida, dignidade, saúde, emprego, moradia, terra. O perigo é inverter e aí temos a idolatria.
Estamos de fato dando a cada um o que é de direito?
Bom domingo!
Deus te abençoe.