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Sínodo dos Bispos 05 – CORRESPONSÁVEIS PELA MISSÃO

Confira a síntese da quinta de dez perguntas realizadas durante os trabalhos de escuta do Sínodo dos Bispos.

A sinodalidade está a serviço da missão da Igreja, da qual todos os membros são chamados a participar. Durante os trabalhos de escuta realizados na diocese de Guarapuava, os participantes foram questionados sobre “como é feito o discernimento sobre as escolhas missionárias e por quem“. Confira a Síntese das respostas:


Síntese da questão 05:  CORRESPONSÁVEIS PELA NOSSA MISSÃO COMUM

Constata-se que parte dos batizados não entendem a dimensão missionária de sua vocação. Alguns estão participando de movimentos e pastorais, outros não estão inseridos ou participando das atividades da comunidade. A necessidade do acolhimento é primordial pois muitos de nossos irmãos/irmãs não se sentem parte ativa da Igreja.

Alguns motivos/justificativas da não inserção dos batizados/as na missão, entre esses, questões subjetivas e objetivas: falta a Igreja ser mais acolhedora   e aberta a novos participantes. A dificuldade de dispor de tempo devido a outros compromissos; falta de vontade, ânimo, fé, convite, coragem, falta de estudo e conhecimento para poder ajudar; distância; timidez; medo de críticas; correria do dia a dia e sobrecarga; não querer se comprometer; o medo da pandemia, entre outros. A pouca demonstração de alegria e humildade no serviço, também interferem na inserção de batizados na missão.

Reflete-se sobre a necessidade de acolhimento e atividades missionárias com os jovens, principalmente àqueles que estão afastados e em situação de vulnerabilidade; visitas a idosos e doentes. Há um caminho a se construir com relação à escuta e à acolhida dos pobres, marginalizados, crianças e jovens. Faz-se necessário maior diálogo e escuta.

Desafios e propostas elencadas: falta do sacerdote em alguns momentos; falta de acolhimento às pessoas novas; falta de formação e preparação dos movimentos; catequistas com pouco preparo e formação; mais campanhas para famílias carentes, e também apoio concreto aos projetos sociais; maior participação dos leigos; falta pessoas para os movimentos e pastorais; falta maior incentivo para a participação e maior comprometimento; os jovens são pouco ouvidos e tem pouco incentivo; falta de apoio político; autoritarismo; é necessário ir ao encontro daqueles que por algum motivo não estão participando.

Aspectos que nos desafiam ou que deveríamos incorporar na nossa caminhada como discípulos/as missionários/as: o avanço da tecnologia, suas contribuições e riscos; a busca ativa da realidade, discernimento dos sinais dos tempos; incorporações de linguagem pastoral atualizada para a realidade do nosso tempo; a fragilidade dos vínculos familiares é uma marca de nossos tempos; perda do senso de pertença comunitária; a crise ética em virtude da perda dos referenciais de valores, na qual a verdade é produzida pelo indivíduo, em função de interesses pessoais, sem vínculos com o bem comum, especialmente daqueles que são pobres e vulneráveis; a violência que se origina das desigualdades sociais e a banalização da vida; a intolerância em relação ao diferente, gerando atitudes sectárias, de fechamento, divisão e conflito entre as pessoas, colocando uns contra os outros; o pluralismo religioso que nem sempre é vivido com necessário respeito. 

O respeito e a preocupação da Igreja na promoção dos direitos humanos não são opcionais e casuais e sim uma constante. A Igreja deveria ser mais presente, efetiva e atuante principalmente no trabalho junto aos encarcerados. Ações sociais com crianças carentes não só em ocasiões especiais mas oferecendo palestras e formação para os pais, pois este parece ser o maior problema atual, o abandono familiar.

Sabe-se que o discernimento missionário é feito pelo chamado que cada cristão sente em seu próprio interior e que o amadurecimento na fé se dá pelo conhecimento da Palavra, pela vida intensa de oração individual e comunitária.  

A Igreja está a todo momento chamando seus fiéis para que assumam sua missão de batizados e evangelizadores, nos lembra através da Palavra de Deus que somos chamados a levar a Boa Nova de Jesus Cristo onde Ele nos colocar. Com o profetismo de poucos padres, religiosos e leigos ainda resistem organizações dentro e fora da Igreja que buscam evangelizar através do serviço e do acolhimento dos que mais precisam, que buscam garantir os direitos ao que é básico ao ser humano e ao meio em que vivemos.

O discernimento sobre as escolhas missionárias ocorre pela necessidade da comunidade e os pré-requisitos de acordo com o que a Igreja orienta e a disposição da pessoa em servir.

A missão comum de cada um de nós é servir de modo cristão a Igreja e a sociedade.

Com relação ao cuidado com nossa casa comum além da conscientização, foi relatada a ajuda em coisas pontuais, como dando o destino correto do lixo, na prática da economia solidária por meio da reutilização de recicláveis e tentando preservar a natureza como um todo e também buscando a sustentabilidade com a produção própria de alimentos sem agrotóxicos na medida do possível. A necessidade de nos conscientizar sobre o cuidado com os espaços públicos inclusive na escola.

Mesmo com um número limitado de pessoas a Igreja contribui com projetos sociais atendendo as famílias mais necessitadas.

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