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Natural do Paraná, Dom Moacir Goulart de Figueiredo é ordenado bispo para a Igreja no Equador

Na manhã dessa quarta-feira, 8 de janeiro, na Igreja Catedral de Nueva Loja, em Sucumbíos – Equador, aconteceu a missa de ordenação episcopal de Dom Moacir Goulart de Figueiredo, MSC. Na mesma celebração ele tomou posse como o quinto bispo do Vicariato Apostólico de São Miguel de Sucumbíos. 

A cerimônia foi presidida pelo núncio Apostólico no Equador, dom Andrés Carrascosa Coso, ladeado pelo bispo emérito de São Miguel de Sucumbíos, dom Celmo Lazzari, e pelo bispo de Registro (SP), dom Manoel Ferreira dos Santos Júnior, e concelebrada por diversos bispos e sacerdotes de diferentes regiões do Equador e do Brasil.  

Natural da cidade de Salto do Lontra (PR), Dom Moacir recebeu a nomeação para o episcopado no dia 23 de outubro de 2024. Ele é Missionário do Sagrado Coração e, desde 2022, vivia em Curitiba, onde atuava como superior provincial da sua congregação. Dos seus 33 anos de sacerdócio, 20 foram exercidos no Equador, em funções de pároco, vigário, reitor de seminário, diretor arquidiocesano das Pontifícias Obras Missionárias e secretário executivo do Centro Missionário Nacional da Conferência Episcopal Equatoriana.  

Dom Andrés iniciou sua homilia dizendo sobre o significado do episcopado e da sucessão apostólica. “Atrás de um bispo católico, podemos ter a certeza de que há um apóstolo”, afirmou. Em seguida, ele recordou brevemente a história de dom Moacir e, emocionado, agradeceu o seu sim generoso à Igreja do Equador. “Obrigada por seu exemplo de fé, de disponibilidade, de generosidade no serviço à Igreja”, disse ele. 

O núncio ainda exortou os fiéis a acolherem, com alegria e com espírito de fé, Dom Moacir como aquele que vem em nome do Senhor. “Na pessoa do bispo, rodeado por seus presbíteros, é Jesus Cristo que está presente entre vocês, guiando-os na fé”, afirmou. Em seguida, ele explicou sobre o rito da ordenação episcopal e o significado de cada insígnia que o bispo recebe e deve utilizar em seu ministério: a mitra, o anel, o báculo, a cruz peitoral. 

Por fim, o núncio fez um pedido a Dom Moacir: “Siga sendo um servidor. O episcopado não é um poder, é um serviço. É viver como servo de todos por amor a Deus. E é neste servir a todos por amor a Deus que estará sua verdadeira autoridade, que vem de ser para o teu povo presença de Jesus Cristo. E nesse servir estará sua única felicidade, pois do exemplo do amor que serve e se entrega aos irmãos se abrirão os corações de muitos para que se encontrem com Deus”.  

Após a homilia, aconteceu o rito da ordenação episcopal e dom Moacir recebeu as insígnias episcopais trazidas por padres da sua congregação. Ordenado, ele tomou posse como bispo do Vicariato Apostólico de São Miguel de Sucumbíos, com o gesto simbólico de sentar-se na cátedra, e assumiu a presidência da celebração. Inspirado no Jubileu 2025, dom Moacir escolheu como lema episcopal: “Peregrino de Esperança”.  

No final da celebração, dom Moacir agradeceu aos bispos e a todos os presentes na celebração, assim como àqueles que acompanhavam a transmissão pela internet. Por fim, pedindo licença aos presentes para falar em português, ele fez um agradecimento especial a sua família.  

“A minha mãe, aos meus irmãos, à minha família Goulart de Figueiredo, eu sei que é difícil a viagem, minha mãe tem 93 anos, é verdade que o dólar subiu muito também, porém não impede que vocês aumentem as orações por este peregrino de esperança”. Emocionado, dom Moacir continuou: “Obrigado por tudo, pelo abraço, pelo beijo de envio, pela missa que celebramos juntos, na qual recordamos que o nosso pai deve estar rezando, dançando com alegria junto de Deus por este acontecimento. Pela bênção de envio de minha mãe, pela frase que ela disse: ‘vá aonde o Papa Francisco te enviar’. E a minha resposta foi: ‘aqui estou, Senhor, para fazer a tua vontade’”. 

“Digo sempre que a missão é estar onde Deus nos coloca e ser o que Ele nos pede. Por isso, estou aqui. Estou aqui com a graça de Deus, sem pretensões pessoais, mas sim para dar continuidade a missão de Jesus, para conhecer os mais de 200 anos de história da missão da Igreja neste Vicariato e, por que não, para respeitar a missão milenar dos povos amazônicos, como dizem os padres da Igreja: aí estão as sementes do verbo”, disse dom Moacir.    

Por: Karina de Carvalho Nadal – Jornalista da CNBB Sul 2
Fotos: Página do Facebook do Vicariato Apostólico San Miguel de Sucumbíos

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