
Na manhã desta sexta-feira, 17 de outubro, o bispo diocesano de Guarapuava, Dom Amilton Manoel da Silva, esteve no Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, no Vaticano. O bispo foi recebido pelo prefeito do dicastério, Cardeal Arthur Roche, e pelo secretário, Dom Vittorio Francesco Viola, da Ordem dos Frades Menores (OFM).
Segundo Dom Amilton, o encontro foi de grande acolhida e significado para a Diocese de Guarapuava. “Às 11h, eu me encontrei, primeiramente, com o cardeal prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Arthur Roche. Na verdade, ele soube que eu estaria com o secretário-geral do dicastério e disse que me aguardaria para me fazer uma saudação”, contou o bispo.

O bispo relatou que o cardeal o recebeu de forma cordial, demonstrando interesse pela realidade da Igreja no Brasil e pela caminhada da Diocese de Guarapuava. “Ele estava me aguardando já no corredor, antes de ir para sua sala. Me saudou, perguntou sobre a Diocese, sobre o Brasil. Depois, expliquei que eu vim trazer os documentos, e ele me orientou a entregá-los diretamente ao seu secretário.”
Em seguida, Dom Amilton dirigiu-se à sala do secretário do dicastério, Dom Vittorio Francesco Viola, com quem conversou longamente sobre o motivo de sua visita. “Conversei com ele, um pouco em português e um pouco em italiano. Expliquei o que estava pedindo, os documentos que apresentei, pedindo que Nossa Senhora de Belém fosse oficialmente proclamada padroeira da Catedral, da cidade de Guarapuava e da Diocese”, afirmou Dom Amilton.
O bispo levou um conjunto de documentos que expressam o desejo comum da Igreja e da sociedade guarapuavana. “Entre os documentos estavam um pouco do histórico, o pedido do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores, o meu pedido oficial como bispo da Diocese, e também o pedido do prefeito e dos senhores vereadores para que Nossa Senhora de Belém fosse proclamada padroeira da cidade — algo que ainda não temos oficialmente reconhecido pela Santa Sé”, explicou.
Além do reconhecimento da padroeira, Dom Amilton também solicitou ao Dicastério a aprovação de um calendário litúrgico próprio para a Diocese de Guarapuava. “Apresentei também o pedido para que São José seja celebrado não como memória facultativa, mas como memória obrigatória no dia 1º de maio, e que São Paulo VI, que instalou a Diocese há 60 anos, seja celebrado como memória obrigatória no dia 29 de maio”, relatou o bispo.
Segundo Dom Amilton, o pedido foi muito bem acolhido pelo secretário do Dicastério, que demonstrou atenção e apreço pela devoção mariana que marca a identidade de Guarapuava. “Fui muito bem acolhido. Ele até disse que a única questão que o Dicastério agora vai conversar é como celebrar Nossa Senhora de Belém como solenidade, já que sua festa coincide com a Apresentação de Jesus no Templo, no dia 2 de fevereiro. Mas isso o Dicastério depois me responde”, afirmou.
Dom Amilton encerrou o encontro confiante de que o reconhecimento oficial não demorará a chegar: “Acredito que todo o decreto da Santa Sé virá logo. Creio que chegará antes da Festa da Unidade, para que possamos lê-lo e celebrar com grande alegria o reconhecimento oficial de Nossa Senhora de Belém, padroeira da Diocese de Guarapuava.”
O bispo deixou o Dicastério por volta das 11h50, levando consigo a esperança de ver, em breve, confirmada pela Santa Sé a devoção que há séculos ilumina a fé do povo guarapuavano: Nossa Senhora de Belém, Mãe e Padroeira da cidade e da Diocese de Guarapuava.