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Padre Claudemir Didek celebra jubileu de prata com gratidão, memórias e profundo amor à missão sacerdotal

Dom Amilton e padre Claudemir na Santa Missa na Comunidade São Francisco de Assis, na localidade de Campo das Crianças – Virmond

No dia 15 de julho de 2025, padre Claudemir Didek, atual pároco da Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em Virmond (PR), celebra o Jubileu de Prata, comemorando 25 anos de sacerdócio. Sua caminhada, iniciada com a ordenação em Altamira do Paraná, presidida por Dom Giovanni Zerbini, então bispo da Diocese de Guarapuava, é marcada por vocação precoce, desafios superados e intenso compromisso com a evangelização.

“O meu chamado vocacional acredito que já foi no útero da minha mãe, pois ela já havia me consagrado à Nossa Senhora quando estava grávida de mim. Foi uma gravidez de alto risco e um verdadeiro milagre. O médico que realizou minha cesárea, presente na minha ordenação, emocionado disse que não acreditava que eu fosse sobreviver, mas Deus tinha um plano”, testemunha o sacerdote.

Desde pequeno, o chamado se intensificou. “Sempre estive envolvido com a catequese, música, grupos de jovens e liturgia, o que aumentou ainda mais esse sentimento vocacional”, recorda padre Claudemir, destacando ainda figuras decisivas em sua caminhada. “Minhas duas avós maternas e meu avô paterno eram pessoas profundamente devotas e me incentivaram muito na oração. Tive bons catequistas, especialmente a irmã Vergínia Vicente, ainda viva, cujo entusiasmo pela música e pela comunicação muito me inspirou. E também o padre Joaquim Rocha, que me apoiou quando chegou a Altamira para que eu fosse para o seminário.”

Dentro da família, o apoio foi essencial, especialmente da mãe. “Ela sempre me apoiou muito. Meu pai, inicialmente contrário, acabou aceitando e também passou a me apoiar bastante. Os demais familiares todos me incentivaram”, explica o padre.

A formação sacerdotal teve início no Seminário Menor de Guarapuava, ainda em 1990. Dos 15 jovens que ingressaram, apenas padre Claudemir permaneceu até o final. “Foi um período muito difícil, marcado por crise econômica gerada por atos do governo como o confisco das poupanças e greve prolongada de professores, mas a vocação se fortaleceu justamente pela adversidade enfrentada”, relembra.

Posteriormente, cursou Filosofia em Maringá e Teologia em Cascavel, destacando-se também na música litúrgica. “Foi um tempo muito bom, uma formação excelente. O padre Wiesław Morawski, então reitor do seminário menor, marcou profundamente minha trajetória por sua simplicidade, perseverança e testemunho de oração. Vendo tantos desistirem, seu exemplo me motivou a permanecer firme”, ressalta.

A ordenação sacerdotal, em 15 de julho de 2000, foi um momento marcante e histórico para o município de Altamira do Paraná. “Era o maior frio em 30 anos. Preparávamos tudo ao ar livre, mas tivemos que transferir para o ginásio devido ao clima. Foi emocionante, o ginásio lotado, meus pais muito tocados, e eu quase dormi durante a ladainha por causa do cansaço intenso”, relembra com bom humor.

Ao longo do ministério, padre Claudemir atuou em Pitanga, Pinhão, Marquinho, Cascavel e Guarapuava, onde esteve à frente do Santuário Nossa Senhora Aparecida por 10 anos. “Servir ali foi minha maior alegria, pois sou um milagre da intercessão de Nossa Senhora Aparecida. Retribuí um pouco do muito que ela fez por mim, fortalecendo a devoção mariana.” Atualmente em Virmond, ele ressalta a solidariedade e o coração generoso da comunidade.

Entre momentos especiais de sua jornada, cita o batismo e a profissão religiosa da irmã Rita, da Congregação da Caridade Social, além da emocionante conversão de uma senhora evangélica que, próximo à morte, pediu para ser atendida por ele: “Ela disse que para ir ao céu tinha que ser com o padre. Foi marcante, confessei-a, ministrei a unção e ela pediu para cantar uma música mariana. Um divisor de águas na minha vida.”

Sobre os desafios enfrentados, destaca o início do ministério em Marquinho, sozinho, atendendo 25 comunidades rurais: “Foi muito exigente, um grande aprendizado. Conciliar o curso de psicologia com as atividades paroquiais em Cascavel também foi desafiador. E em Guarapuava, o desafio foi unir e fortalecer a devoção mariana entre milhares de devotos no Santuário.”

A música, paixão desde a infância, permanece central em sua vocação. “Desde criança, fui envolvido com música litúrgica, aprendi piano com a irmã Lisette Brueto e canto com Eliana Fialho, além da irmã Madalena, que também marcou muito minha vida. Promovi muitos encontros de música litúrgica pelo Brasil. Lancei o livro ‘Canta e Caminha’, atualmente em sua quarta edição, auxiliando as comunidades na celebração litúrgica.”

Para o futuro, padre Claudemir afirma que a missão permanece inalterada: “A proposta do Reino de Deus é sempre a mesma, embora precisemos nos adaptar aos novos tempos e desafios. Tenho pedido a Deus perseverança para testemunhar o Evangelho sempre.”

Ao celebrar 25 anos de sacerdócio, a palavra escolhida é gratidão: “Tenho louvado a Deus o tempo todo pela caminhada, pelos desafios superados e pelo sustento recebido ao longo de todos esses anos, sempre sob a proteção de Maria e São José, dos quais sou muito devoto.”

Aos jovens vocacionados, deixa um incentivo especial: “Não tenham medo de dizer sim a Deus. Vale muito a pena dedicar-se a Ele, servir ao próximo e contribuir para que o Reino cresça cada vez mais.”

Leia também: Paróquia de Virmond celebra Jubileu de Prata do padre Claudemir Didek com Semana Missionária Vocacional

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