
No último domingo, 23 de novembro, a Paróquia São João Batista de Prudentópolis viveu um profundo momento de fé e devoção. Dentro das celebrações em preparação para o Dia de Nossa Senhora das Graças, aconteceu mais uma edição da tradicional “Caminhada com Maria”, que a cada ano reúne mais fiéis.
O idealizador do evento, senhor Haroldo Guimarães, lembra com simplicidade como tudo começou: “Começou pequeno. Na verdade, fiz a proposta para a minha comunidade e, se ninguém me acompanhasse, eu iria sozinho. Graças a Deus, muitos me acompanharam.” Hoje, aquilo que nasceu do coração de um devoto se tornou um dos momentos marcantes da vida paroquial.

Neste Ano Jubilar, a caminhada ganhou um sentido ainda mais especial: seguir até o Santuário como peregrinos da Esperança. Assim, mais de 3 mil pessoas, vindas de diversas comunidades rurais e bairros, atravessaram a Porta Santa do Santuário. Muitos chegaram exaustos, com os pés doloridos, mas o coração inundado de alegria e gratidão — como testemunhou uma peregrina da comunidade de Cachoeirinha, que percorreu 45 km até o Santuário.
Foram homens, mulheres, idosos, famílias inteiras e até crianças, como a pequena Monalisa, de 8 anos, que caminhou 18 km movida pela fé em Nossa Senhora. Ao longo do percurso, multiplicavam-se os testemunhos, pedidos, promessas e agradecimentos deixados aos pés da Mãe das Graças.

O coordenador do CPP, Maicon Pontarolo, resume bem a emoção do dia: “Vivemos um ano muito especial na nossa paróquia, acolhendo peregrinos de toda a diocese. Finalizamos com a Caminhada com Maria, que fecha tudo com chave de ouro. Acompanhei a chegada de todas as comunidades e, nos olhos de cada um, era possível ver a emoção e a alegria de ter percorrido todo o caminho com Maria.”
Uma das peregrinas sintetizou o sentimento que tomou conta dos fiéis neste dia de graça:
“Foram 45 km de estrada, silêncio, oração e superação. Cada passo cansava o corpo, mas renovava o coração. Logo no início, entreguei minhas intenções a Nossa Senhora das Graças. Depois disso, cada quilômetro deixou de ser distância e virou propósito. Quando vi o Santuário se aproximar, meus olhos se encheram de lágrimas. Ao chegar diante da Mãe das Graças, agradeci, entreguei tudo, e senti uma força que só quem vive sabe explicar.”





