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No segundo painel da Conversa Sinodal, Dom Zico reflete sobre a consciência moral na Amoris Laetitia

Na tarde deste sábado (20), em Foz do Iguaçu, os bispos do Paraná, acompanhados de padres coordenadores da ação evangelizadora e lideranças da Pastoral Familiar e de outras instâncias do cuidado com a família, deram continuidade aos painéis dedicados à exortação apostólica Amoris Laetitia, do Papa Francisco. 

O bispo auxiliar de Curitiba, dom Reginei José Modolo, o dom Zico, conduziu o painel sobre a consciência moral à luz do documento. Ele destacou a profundidade com que a exortação aborda o tema e a importância de formar consciências sem infantilizar os fiéis. “No número 37, a exortação diz: ‘nós somos chamados a formar as consciências e não a pretender substituí-las’. Então, esse é um processo de responsabilização, onde cada um é chamado, diante de Deus, a ir formando, conforme o Evangelho e de acordo com a verdade que nos é revelada, a própria consciência”, explicou Dom Zico. 

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O bispo reforçou que a liberdade não deve ser confundida com arbitrariedade. “Isso não permite que nós digamos: ‘ah, então eu posso fazer o que eu quero’. Justamente o contrário. Porque você precisa formar a tua consciência, não pode deixar-se conduzir por tuas arbitrariedades, mas orientar a tua liberdade para uma busca sincera pela verdade”, afirmou. 

Para dom Zico, essa verdade não é um conceito abstrato, mas uma pessoa viva. “Na perspectiva do crente, a verdade nos é revelada, é o próprio Jesus Cristo. A verdade é uma pessoa. E na medida em que nós vamos conhecendo essa pessoa, que nós vamos conhecendo a verdade Nele revelada, nós também vamos realizando as transformações em nossa vida. Esta é a escolha que cada um é chamado a fazer”, destacou.

O bispo também sublinhou o caminho pedagógico proposto pelo Papa Francisco na Amoris Laetitia“Olha que profundidade: não substituir a consciência, não dizer ‘faz isso, não faz aquilo’, como infantilizando. Mas formar, acompanhar. E até os verbos da Amoris Laetitia são muito claros: acompanhar, discernir e integrar”, lembrou. 

Segundo dom Zico, esse processo conduz os fiéis a uma vivência madura da fé.
“Até que chega o momento em que a pessoa está em plena comunhão com a Igreja, com o Evangelho, fruto de decisões que ela foi realizando. E aqui nós temos então um laicato bem formado, capacitado, que de fato compreende o que é o discipulado. É um discípulo, não apenas membro de uma multidão que procura a Deus, mas alguém cuja consciência o responsabiliza, não de modo impositivo, mas porque ele próprio foi atraído pela verdade e por isso a segue, a vive e a anuncia”, concluiu.

O encontro “Conversa Sinodal e Propostas Pastorais inspiradas na Amoris Laetitia: um olhar sobre o cuidado com as famílias” segue até o meio-dia de domingo, reunindo reflexões, partilhas e propostas pastorais a partir do documento do Papa Francisco. 

Texto: Jorge Teles – Jornalista Diocese de Guarapuava
Fotos: Karina de Carvalho Nadal – Jornalista CNBB Sul 2

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