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Assembleia Regional da Pastoral Carcerária reúne representantes da Diocese de Guarapuava em Londrina

Representantes da Pastoral Carcerária da Diocese de Guarapuava participaram, nos dias 13 e 14 de setembro, da Assembleia Regional, realizada na Chácara São José, das Irmãs Claretianas, em Londrina.

Da diocese, estiveram presentes Daniele Schinemann do Prado, coordenadora diocesana da pastoral; Irmã Lúcia Wenchelfelder, coordenadora pastoral da Paróquia Santos Anjos; Zeni Ribeiro de Meira, agente pastoral da Comunidade Sagrado Coração, da Paróquia Santa Terezinha; e Juliano Luiz do Prado.

Segundo Daniele, o encontro reuniu cerca de 55 participantes, vindos das dioceses de Apucarana, Curitiba, São José dos Pinhais, Palmas-Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Ponta Grossa, Jacarezinho, Maringá, Cascavel, Cornélio Procópio e Londrina.

A assembleia contou com a presença do arcebispo de Londrina, Dom Geremias Steinmetz, que acolheu os participantes em nome do bispo referencial da Pastoral Carcerária do Regional Sul 2, Dom Celso Antônio Marchiori, ausente por motivo de agenda. Os temas refletidos foram: O Cárcere na Bíblia, A Mulher no Cárcere e Mística: Levar Esperança.

Um dos momentos marcantes do encontro foi o testemunho de um sobrevivente do cárcere, que emocionou a todos ao narrar sua história. Ele contou que, durante os 12 anos de prisão, nunca perdeu a esperança de conquistar a liberdade. “Quando eu estava preso, recebi a visita da Pastoral Carcerária, que me ajudou muito. Vocês levam esperança onde ela já parecia perdida e são um consolo para os que sofrem”, relatou. Hoje, em liberdade, ele atua na Pastoral Carcerária em Palmas (PR), visitando unidades prisionais e levando a luz de Cristo às pessoas privadas de liberdade.

Experiências compartilhadas

Durante os dois dias de encontro, os representantes das dioceses trocaram experiências e apresentaram iniciativas pastorais, como:

  • Celebração de Corpus Christi dentro da penitenciária;
  • Realização do Jubileu na Casa de Custódia;
  • Apoio de diretores de presídios às ações evangelizadoras;
  • Doações de materiais de higiene para os detentos;
  • Implantação de cursos profissionalizantes para presos em vias de obter liberdade;
  • Inclusão da Pastoral Carcerária nos Conselhos da Comunidade.

Ao mesmo tempo, foram levantados desafios que ainda limitam o trabalho, como a falta de apoio das próprias comunidades religiosas, a escassez de agentes, dificuldade de visitas em dias fixados pelas unidades prisionais, além da necessidade de formação contínua e maior compromisso pastoral.

Dados e desafios atuais

O coordenador regional, Eduardo Fabrício Andrade, apresentou um panorama histórico das ações da Pastoral e dados sobre a realidade prisional no Paraná: perfil étnico-social, número de encarcerados, além da presença de crianças e idosos no cárcere. Entre os pontos mais preocupantes, destacou-se o aumento de mais de 500% no número de mulheres presas nos últimos anos, segundo dados do DEPEN. “Estamos dando atenção especial à realidade da mulher encarcerada, diante do crescimento alarmante dessa situação e da dor de tantas mães, esposas e filhas que permanecem distantes de suas famílias”, afirmou Eduardo.

Ao final, a Pastoral Carcerária do Paraná, em sintonia com a Pastoral Nacional, ligada à CNBB, reafirmou sua missão de anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo às pessoas privadas de liberdade, sobretudo num contexto de colapso do sistema penitenciário, que atinge de maneira desproporcional jovens, negros e pobres.

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