Na manhã deste domingo (22), os catequistas da Paróquia Bom Jesus e da Comunidade Nossa Senhora Aparecida (Afonso Camargo – Jordão) participaram de um encontro formativo na igreja matriz, localizada no Jardim Pérola do Oeste, em Guarapuava.
A formação foi conduzida pela Irmã Lúcia Anita Caçol, religiosa que integra a Comissão da Animação Bíblico-Catequética da Diocese de Guarapuava e assessora a Pastoral Catequética. O tema abordado foi o Documento 112 da CNBB, que trata dos “Critérios e itinerários para a instituição do Ministério do Catequista”. Segundo a religiosa, o estudo já foi realizado em cerca de 20 das 48 paróquias da diocese. “Agora temos o restante, que vamos realizar até o final do ano. Em algumas paróquias, a própria coordenação encaminhou o estudo; em outras, o pároco. Então, a Catequese está caminhando bem, graças a Deus”, afirmou.
O aprofundamento do documento visa preparar os catequistas para a Festa da Unidade 2025, quando, em novembro, 48 catequistas — um de cada paróquia — serão oficialmente instituídos como ministros e ministras da Palavra dentro da catequese, pelo bispo diocesano, Dom Amilton Manoel da Silva.
Em entrevista ao jornalista Jorge Teles, Irmã Lúcia destacou a importância de valorizar e reconhecer o serviço catequético nas comunidades. “Às vezes o catequista diz: ‘eu não me sinto preparado’ ou ‘eu não quero o ministério porque acho que exige muito’. Mas o ministério não exige mais do que já se vive. Ele é o reconhecimento da missão que o catequista já realiza com tanto amor. O saudoso Papa Francisco dizia que os catequistas devem ser mais amados nas paróquias. Nós temos que cuidar mais deles, elogiar, incentivar, dar o melhor para o nosso catequista”, ressaltou.
Ela também reforçou que a instituição do ministério tem como objetivo resgatar a identidade e a dignidade dos catequistas, reconhecendo-os como ministros da Palavra dentro da catequese. “A catequese é a porta de entrada da paróquia. Por isso, precisamos cuidar bem dos catequistas, olhar para eles com carinho, atenção e respeito”, completou.
A cada formação, a religiosa afirma se emocionar ao falar sobre o documento. “Sinto uma emoção tão grande em saber que hoje o catequista pode ser olhado de forma diferente. E eu defendo o catequista a qualquer custo. Se sei que algum está passando por dificuldades, sou capaz de sair do meu lugar e ir até ele. Como estamos cuidando dos nossos catequistas? Estamos dando a atenção que eles merecem? Estamos incentivando?”, questionou Irmã Lúcia.
O encontro contou ainda com a presença e acolhida fraterna do Frei Ernani Tiago Alves, administrador paroquial da Paróquia Bom Jesus, lembrado com gratidão pelos participantes.
O Ministério do Catequista foi instituído pelo Papa Francisco em 10 de maio de 2021, por meio do Motu Proprio Antiquum Ministerium, reconhecendo oficialmente esse serviço essencial à evangelização como ministério estável e instituído na Igreja.
Nesta terça-feira, 24 de junho, Irmã Lucia vai se encontrar a noite com pais de catequizandos na Paróquia Santa Teresinha, em Guarapuava.
