A Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, em Guarapuava, se prepara para viver um momento bastante esperado no tempo da quaresma: a encenação da Paixão de Cristo, que será apresentada neste Domingo de Ramos, 13 de abril, às 20h, no estacionamento da paróquia.
A encenação envolve cerca de 150 pessoas no elenco, além de dezenas de voluntários que trabalham nos bastidores na montagem dos palcos, figurinos e estrutura técnica. O diretor e produtor do espetáculo, Cleiton Marques, destaca o envolvimento da comunidade como algo essencial para o sucesso da apresentação.
“Hoje, na Paixão de Cristo da nossa paróquia, nós temos cerca de 150 pessoas participando da encenação, fora toda a equipe que está montando os palcos e cuidando da estrutura. É um trabalho grande e muito bonito, que movimenta a paróquia inteira”, afirma.
A história da encenação na comunidade vem de longa data. Segundo Cleiton, o espetáculo começou há vários anos na própria Paróquia Santa Cruz, com o então pároco padre Salvador. Depois, passou a ser realizado na Praça da Fé, onde permaneceu por um período. No entanto, no ano passado, surgiu o desejo de trazer a encenação de volta para casa.
“Ano passado nasceu no nosso coração a vontade de trazer a encenação da Paixão de Cristo de volta para a paróquia, onde tudo começou. Foi emocionante. Conseguimos reunir um público de três a três mil e quinhentas pessoas. E este ano a expectativa é ainda maior”, contou.
A apresentação deste ano contará com 33 cenas, com duração total aproximada de duas horas, distribuídas em cinco palcos montados no pátio da paróquia. Além de retratar fielmente os acontecimentos bíblicos da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, o texto também dialoga com o tema da Campanha da Fraternidade 2025, integrando fé, arte e compromisso com a vida.
“Os ensaios estão acontecendo na paróquia, e essa semana teremos três ensaios gerais para finalizar os detalhes. Os participantes estão empolgados e a comunidade está muito envolvida. Isso anima demais e fortalece a união dentro da paróquia”, acrescentou Cleiton.
Um dos momentos mais especiais foi o retorno de pessoas que participaram das primeiras edições da encenação. “Conseguimos resgatar pessoas que estavam lá nos tempos do padre Salvador. Elas voltaram a participar e reacenderam o ânimo e a paixão por esse movimento tão bonito.”
A encenação da Paixão de Cristo, além de ser um espetáculo religioso, é uma expressão viva da fé e da devoção da comunidade.
A encenação da Paixão de Cristo é mais do que teatro: é oração encenada, é evangelização por meio da arte.
