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Regional Sul 2 conta agora com a Escola Vocacional para Acompanhadores Vocacionais

Neste final de semana aconteceu em Guarapuava, no Centro de Formação San Juan Diego, o primeiro módulo da Escola Vocacional para Acompanhadores Vocacionais, organizado pela Comissão do Serviço de Animação Vocacional e Pastoral Vocacional (SAV-PV) do Regional Sul 2. Participam da escola leigos e leigas, casais, consagrados e consagradas, seminaristas, diáconos e padres ligados ao Serviço de Animação Vocacional.

Ângela Maria Freire, da diocese de Umuarama, diretora da escola, disse que são 53 participantes. Ela explicou que o objetivo principal da escola é a formação de acompanhadores vocacionais “Eles acompanharão os nossos jovens nas realidades diocesanas, ajudando no caminho de discernimento antes do ingresso nas casas formativas. Estou bastante motivada com a participação desse grupo”.

Ângela explicou que alguns anos atrás existia no Regional Sul 2 a escola vocacional. “Ela foi interrompida por conta da pandemia e daí a nova equipe da coordenação do regional teve o desejo de retomar essa formação e estamos dando continuidade a esse grande sonho”.

A escola, agora de acompanhadores vocacionais, acontecerá em seis módulos. “Serão três módulos por ano, dois anos de formação. Três módulos em 2025 e três módulos em 2026. Aí encerramos a primeira turma e nos anos seguintes começaremos novas turmas.

Padre Roberto, da diocese de Campo Mourão, coordenador da Pastoral Vocacional no Regional Sul 2 disse que desde 2023 estavam sendo encaminhados os projetos com o intuito de formar os acompanhadores vocacionais. “2024 foi o ano de preparação e agora este ano estamos iniciando o primeiro módulo buscando qualificar aqueles homens e mulheres consagrados, leigos, que de uma forma direta ou indireta tem um papel na formação das novas vocações no nosso regional.

O sacerdote também agradeceu o apoio e incentivo dos bispos e disse que, por se tratar do primeiro módulo, dependendo da situação, a escola poderá acolher mais alunos. “Embora tenha uma limitação de três pessoas por diocese, é a nossa orientação para que todas as dioceses estejam representadas. Então temos dioceses que já preencheram as suas vagas e temos dioceses que ainda estão ali com uma vaga apenas, duas vagas que foram ocupadas, e caso tenham interesse em mandar outros membros das comunidades para participar e se formar, ainda é possível dentro dessas vagas para as dioceses que ainda não foram preenchidas”.

Silvia Maria Caldeira, coordenadora diocesana do Serviço de Animação Vocacional (SAV) na Diocese de Apucarana e atual secretária do regional na área vocacional, destacou a relevância dessa iniciativa e o impacto que ela tem gerado na missão da Igreja.

Ela relembra sua experiência como aluna da Escola Vocacional nos anos de 2016 e 2017 e enfatiza o quanto esse projeto foi transformador. “Na época, a escola vocacional foi um divisor de águas no meu trabalho”, afirmou. Agora, ao participar da retomada desse projeto com um novo formato, ela celebra a inovação que a formação está trazendo. “Ao invés de animadores vocacionais, nós estamos formando acompanhadores vocacionais”, explica.

Para a reformulação do projeto, a equipe responsável aprofundou-se nos documentos da Igreja e nas diretrizes do Papa Francisco sobre a pastoral vocacional. Silvia destaca o processo de discernimento que levou à criação desse novo modelo. “A equipe se debruçou sobre os documentos da Igreja, vendo o que o Papa e a Igreja pediam para nós enquanto pastoral vocacional. E nós chegamos à conclusão de que o que realmente precisa é de acompanhadores vocacionais para acompanhar os nossos vocacionados nas nossas dioceses e arquidioceses de todo o nosso estado”, afirma.

Ela também ressaltou o papel fundamental dos bispos do Paraná para viabilizar essa escola e ampliar seu alcance. “A gente fez todo esse trabalho muito assessorados por Dom Sérgio, por toda a equipe e com apoio incondicional dos bispos do Paraná”, destaca. Inicialmente, o projeto previa a participação de apenas dois alunos por diocese, mas, a pedido dos próprios bispos, esse número foi ampliado para três. Além disso, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) também recebeu 10 vagas, totalizando 53 alunos de todo o estado do Paraná.

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Alunos avaliam a escola

A Escola de Acompanhadores Vocacionais tem sido recebida com entusiasmo e reconhecimento por parte dos alunos. Irmã Adriana, religiosa da Caridade de São Vicente de Paulo, destacou a importância da iniciativa e sua relevância no trabalho de animação vocacional.

Coordenadora do Serviço de Animação Vocacional Vicentino na província de Curitiba, que abrange os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Irmã Adriana vê na escola uma oportunidade valiosa para o fortalecimento do discernimento vocacional. “Eu vejo a iniciativa do Regional Sul 2 da CNBB em criar essa Escola de Acompanhadores Vocacionais como uma iniciativa muito rica, muito boa e também muito esperada”, afirma.

Desde 2023, a religiosa atua diretamente no serviço de animação vocacional e ressalta a necessidade de formar acompanhadores capacitados para auxiliar aqueles que buscam discernir sua vocação. “Será muito importante usar acompanhadores vocacionais, para que a gente possa melhor atender e melhor acompanhar aqueles que vêm até nós para fazer o discernimento vocacional”, enfatiza.

O casal Edson e Ivanete, coordenadores do Serviço de Animação Vocacional (SAV) na Arquidiocese de Cascavel, também estão entre os participantes da iniciativa e destacam a importância do curso para a missão que desempenham.

Edson enfatiza que a função de acompanhador vocacional é ampla e, até então, muitos desafios surgiam sem respostas claras. “Como animadores, a gente ficava meio perdido. Puxa, o que a gente deve fazer? Como a gente deve conduzir esses jovens? Se esses jovens se apresentarem para nós, o que vamos fazer?”, relata. Ele afirma que a escola é essencial para esclarecer esses questionamentos. “Estamos aqui buscando respostas e a escola, nesse primeiro módulo, já trouxe realmente uma clareza muito grande do que nós iremos fazer daqui para frente”, acrescenta.

Para Ivanete, a experiência também tem sido enriquecedora, não apenas para o serviço pastoral, mas também em nível pessoal. “Gostei bastante. Num primeiro momento, acho que a gente tem o aprendizado pessoal, o nosso crescimento, para depois poder estar auxiliando os vocacionados”, afirma. Ela reforça a necessidade de formação sólida para que os acompanhadores possam oferecer um suporte adequado àqueles que buscam discernir sua vocação. “As pessoas chegam para a gente e é importante conseguir dar sequência com o acompanhamento”, completa.

O primeiro módulo

O primeiro módulo da Escola de Acompanhadores Vocacionais, promovida pelo Regional Sul 2 da CNBB, trouxe uma abordagem profunda sobre a antropologia e a teologia da vocação. O assessor dessa etapa, padre Sandro Ferreira, da Arquidiocese de Maringá, destacou que esse estudo inicial é fundamental para o trabalho de acompanhamento vocacional na Igreja.

“Neste primeiro módulo, nosso objetivo foi refletir sobre a antropologia e a teologia da vocação. É a base para compreendermos o acompanhamento vocacional”, explicou o sacerdote. Os participantes foram convidados a refletir sobre a identidade da pessoa humana e sua relação com Deus. “Quem é o ser humano? O ser humano criado por Deus, dotado de dons, talentos, criado à imagem e semelhança de Deus, mas também com suas fragilidades, com o pecado, com as dificuldades do mundo de hoje”, detalhou.

Para padre Sandro, compreender a realidade do vocacionado à luz da fé cristã é essencial para um acompanhamento mais eficaz. “Nosso objetivo é compreender o ser humano hoje à luz da teologia cristã, da fé cristã, para que nós, como acompanhadores vocacionais, possamos melhor entender a realidade daquele vocacionado que chega até nós”, afirmou.

Além da antropologia, a teologia da vocação também foi abordada a partir de elementos bíblicos. Segundo o assessor do módulo, as Escrituras mostram que toda vocação é um chamado para uma missão específica.

O sacerdote reforçou que a proposta desse primeiro módulo foi estabelecer uma base sólida para os futuros acompanhadores vocacionais, ajudando-os a orientar os jovens em sua caminhada de discernimento. “Esse primeiro módulo é dar essa base bíblica, teológica e antropológica para ajudar a todos nós, como acompanhadores vocacionais, a compreender melhor aquele jovem ou aquela jovem que chega até nós na nossa diocese, na nossa paróquia”, concluiu.

A Escola de Acompanhadores Vocacionais surge, portanto, como um instrumento fundamental para a Igreja, oferecendo formação e apoio para aqueles que têm a missão de guiar os jovens no caminho do discernimento vocacional.

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