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Lucas e Ítalo coordenadores da 21ª edição da Missão Jesus no Litoral
Ítalo Eduardo Lopes é da paróquia Nossa Senhora Aparecida, do município de Tapejara, diocese de Umuarama; Lucas Henrique de Oliveira é da Arquidiocese de Londrina, servo do Grupo de Oração Seguidores da Paz, ambos atuando na coordenação da 21ª edição da Missão Jesus no Litoral (JNL), promovida pela Renovação Carismática Católica (RCC), que começou no dia 27 de dezembro de 2024 e se encerra neste domingo, 05 de janeiro de 2025, no litoral paranaense.
“Temos uma tenda fixa na Praia Brava, em Matinhos, mas a missão acontece em outros municípios como Paranaguá, Morretes, Pontal do Paraná, na Praia de Leste, na Ilha do Mel e outros locais”, contou Ítalo, que participa da RCC desde os 10 anos de idade e atualmente coordena o movimento em sua diocese.
“Comecei bem cedo, já são 18 anos de caminhada. Nesse ano estou coordenando a Missão Jesus no Litoral. É um caminho de mais da metade da minha vida dedicada ao movimento e à Igreja. É onde eu me encontro, onde eu consigo viver a evangelização, viver o anúncio do Evangelho e o querigma.”
Aos 28 anos de idade, Lucas participa de grupo de oração desde os 13. Da Missão Jesus no Litoral ele já participou de 7 edições. “Eu vim pela primeira vez na 15ª edição e desde lá participei de todas. A gente sai da nossa realidade, sai daquilo que está habituado lá nos nossos grupos de oração, na nossa diocese, e vem pra cá experimentar dessa porção que o Senhor separa para nós. É uma grande oportunidade de evangelização, de colocarmos em prática aquilo que o Senhor nos convida a fazer, que é ir anunciar o Evangelho a toda criatura”.
Já Ítalo participa desde a 16ª edição do Jesus no Litoral. “A missão não evangeliza só quem está lá fora, ela nos evangeliza também, porque são 10 dias imersos em muita espiritualidade, em vivência fraterna, em comunidade. Você conhece pessoas de diversas dioceses, realidades diferentes e isso nos ajuda a valorizar também as nossas realidades. A missão é muito importante na minha vida, na minha caminhada de Igreja”.
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A Diocese de Guarapuava está representada na Missão Jesus no Litoral por 8 missionários, Paulo Henrique Matchula, Paróquia Bom Jesus, é um deles. “A missão tem sido extraordinária desde o momento que a gente pisou aqui em Matinhos. Foi possível sentir o amor de Deus já na chegada, com a recepção, a forma como tudo estava organizado pelos servos, a quantidade de gente que estava aqui já preparando o local”, disse.
Para Paulo Henrique uma das coisas que mais chamou atenção é a maneira como as pessoas estão abertas a receber a palavra de Deus, tanto os católicos como as pessoas de outras religiões. “Muitas pessoas partilham com a gente que têm pedido respostas e sinais para Deus, e quando a gente chega para rezar por elas, para conversar, elas dizem que estavam pedindo essas respostas. É extraordinário como Deus tem agido nessa missão”.
Todos os missionários estão alojados na escola municipal Francisco dos Santos. “A gente se aloja nas salas de aula e os dez dias nós passamos aqui, fazemos as refeições e dormimos nesta escola”, revelou o coordenador Lucas.
Ítalo também contou que há diversas frentes de missão, algumas realizadas em grupos de missionários como as abordagens na praia, nos bairros, no calçadão, missões noturnas, missões com artes, com o Trio Elétrico, da promoção humana para acolher os moradores de rua.
Ana Cláudia é de Curitiba e passa as férias em Matinhos há vários anos. Ela disse que sempre observou os “laranjinhas” e foi, com sua família, abordada diversas vezes pelos missionários. “Este ano foi especial, pois 2024 foi um ano difícil e ouvir no início do ano uma mensagem de esperança desses jovens foi maravilhoso!”, disse.
Ricardo Santos veio do Mato Grosso com sua familia passar as férias no litoral paranaense. Ele contou que os “jovens de laranja” abordando as pessoas chamaram sua atenção. “Eu os abordei, conversei com eles e fiquei encantado com jovens realizando esse trabalho de evangelizaçao na praia. Conversamos, rezamos juntos. Foi muito bom!”.
Ítalo ainda informou que “há também os grupos de oração itinerantes e os arrastões, quando o grupo todo passa na praia cantando e evangelizando. Nós temos uma equipe de logística que coordena tudo. Todos os padres da diocese de Paranaguá [que abrange as cidades litorâneas] são informados da missão e nos repassam se na realidade deles faz sentido acolher a missão ou não, é tudo bem programado para cada dia de missão e sob o direcionamento de dom Edmar Peron, bispo diocesano”.
Nesta edição há cerca de 370 missionários, oriundos das 18 dioceses do Paraná. “Há aqueles que além do trabalho missionário atuam na equipe de serviço. Além disso nós recebemos alguns convidados, membros do Conselho Estadual da RCC, alguns padres, bispos, enfim, diversas pessoas que passam por aqui e de alguma forma ajudam na evangelização ao longo dos 10 dias”, disse Ítalo.
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Lucas explicou que além das atividades missionárias há as atividades internas. “Os dois primeiros dias são dedicados somente para quem vai atuar na missão, com Santa Missa diária, pregações para que os missionários possam se aprofundar mais. Ao longo de toda a missão, nós temos momentos como o Santo Terço, Santa Missa, momentos de vivência fraterna entre as dioceses, momentos de partilha entre as equipes. Essa vivência interna é muito importante para que a gente possa oferecer à evangelização aquilo que temos em nós”.
Lucas também contou que a virada do ano foi um momento muito marcante. “Nós passamos a virada em adoração a Jesus, entregando todo o nosso ano aos pés Dele”.
Ambos coordenadores estão avaliando a missão positivamente. “É muito positiva por diversos fatores. Nós estamos hoje com 77% dos missionários vindo pela primeira vez e é uma experiência impactante para eles. É uma missão que se renova e é feita na sua maioria por jovens. Outro ponto que nos deixa muito feliz é o clima, o tempo. Até agora nós não tivemos nenhum cancelamento de missão, apesar que se houver em algum momento, não é tempo perdido, é a graça de Deus também nos pedindo outra coisa que não está no nosso cronograma”, disse Ítalo. O coordenador analisa que a missão tem impactado muita gente. “Muita gente comentando que viu a missão, que foi abordado por um missionário, que recebeu oração, isso é muito bacana para nós, muito positivo, um sentimento de alegria”, finalizou.
Para Lucas a missão tem sido vivida numa intimidade com Deus. “Ele tem nos sustentado muito e proporcionado que realmente a gente viva uma missão de intimidade. O Senhor nos trouxe para viver essa intimidade com Ele, em tudo aquilo que temos feito aqui a gente tem sentido muito cuidado de Deus conosco que estamos à frente, com os missionários e também com aquelas pessoas que estão sendo alcançadas pela missão”. Outro aspecto citado por Lucas é de que a missão surpreende quem está na praia. “Quem imaginava em seu momento de férias encontrar pessoas que viriam para falar de Deus? É de fato algo que impacta na vida dessas pessoas”.
A Missão Jesus no Litoral tem 22 anos, num ano não ocorreu por conta da pandemia. Ela nasceu no Paraná sendo pioneira para todo o Brasil.
Testemunho
“Descansando no litoral e profundamente admirada com a juventude “laranjinha”. Associo a praia a diversão, descanso e descontração, e claro nossa fé nos leva as Igrejas para os momentos de oração, longe da praia.
Dia 02 de janeiro, na areia da praia ainda havia alguns resíduos da festa do dia anterior, fomos passear a beira mar, as ondas vinham molhar nossos pés e o sol iluminando a todos.
Este sol destacava ainda mais os jovens de laranja, o laranja é a cor do verão, rescende, ilumina, mas, nem havia necessidade dessa cor para que os jovens que se ajoelhavam na areia quente, e de mãos dadas ou levantadas para abençoar as pessoas que aceitavam suas orações, se destacassem no meio à multidão.
Vi esses jovens se aproximarem de várias pessoas, de famílias, de crianças, e rezarem. Eles não têm vergonha, eles não se preocupam com o que as pessoas vão pensar, eles estão em missão. E que missão! Evangelizar fora da zona de conforto, longe dos ambientes onde a oração é normal, é a maior missão…. e eles são jovens!
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Logo, eles vieram com um sorriso maior que eles, iluminando mais que o sol, e perguntaram se queríamos que rezassem por nós também…. e é claro que rezaram, e de mãos dadas, rezamos juntos Pai Nosso, Ave Maria em voz alta, e teve até o grito de guerra deles : “um dois três: Jesus te ama!” Foi lindo.
Fiquei maravilhada em receber a intercessão desses jovens em oração, e muito mais maravilhada com o testemunho de fé que eles deixaram.
Eles me ensinaram o que é verdadeiramente ser “missionário da esperança”, e a mim só resta rezar e pedir por eles em minhas orações, pois eles são maravilhosos e me maravilharam ao falar das maravilhas de Deus”.
Regiane Maria – de Guarapuava Pr