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Coração de Jesus, Coração que dá vida ao mundo

Por Leo Geovane Pereira de Meira

Junho é tradicionalmente conhecido pelas festas juninas em honra de três santos muito populares: Santo Antônio, São João, o Batista, e São Pedro, este último celebrado junto com São Paulo.
Mas, além das festas e tradições da piedade popular, há uma outra devoção que perpassa todo o mês de junho: a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Celebrar o Coração de Cristo atende um pedido feito por Ele mesmo à monja visitandina Margarida Maria Alacoque, há 350 anos (1673-1675), quando por três vezes apareceu a essa humilde religiosa, em Paray Le Monial, França, revelando os tesouros insondáveis de seu Sagrado Coração. Em uma dessas aparições, Jesus revela o “Coração que tanto amou os homens e em troca recebe apenas ingratidões”, e para reparar as tantas ofensas, pede, entre outras coisas, que na sexta-feira da oitava de Corpus Christi seja celebrado a Festa do seu Coração Sagrado. Para ajudar Santa Margarida a compreender as mensagens e levá-las para fora das paredes do mosteiro de Paray, Jesus envia outro de seus servos, o padre jesuíta Cláudio Colombiere.

Atendendo ao desejo de Jesus, a Igreja, na pessoa do Papa Pio IX, instituiu a Festa do Coração de Jesus, este ano celebrada em 7 de junho.

Contudo, antes de Santa Margarida e São Cláudio, outros santos já falavam desse Coração cheio de amor e bondade, cujas origens da devoção encontram-se, na verdade, no próprio Evangelho, onde contemplamos Jesus que convida a aprender deu Seu Coração, manso e humilde, e a descansar nele as fadigas de cada dia (cf. Mt 11, 28-30). É o mesmo Coração que o discípulo amado escuta pulsar durante a ceia quando reclina a cabeça sobre o peito de Jesus (cf. Jo 13,25). Mas o auge dessa devoção encontramos na cena de um Coração que, do alto da cruz, se deixou transpassar pela lança (cf. Jo 19,34), abrindo para nós uma porta que nunca mais se fechou, pela qual somos todos convidados a adentrar e renovar, a cada dia, nossa vida.

Em um mundo tão ferido e machucado, marcado por guerras, ódio e divisão, num mundo sem coração, como diz o passo 3 do itinerário espiritual de recriação do Apostolado da Oração e do Movimento Eucarístico Jovem, que tem a missão de manter acesa essa devoção na vida da Igreja, somos convidados, ao celebrar este Coração que tanto nos ama, a fazer novamente a experiência do Amor infinito e levá-lo a todos, como num gesto de devolver ao mundo o coração, e esse Coração não pode ser outro se não o de Jesus, que é manso, humilde, fonte de Paz, de Amor e de Vida Plena.

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