Com o Domingo de Ramos começamos a Semana Santa. Somos convidados a contemplar o grande amor de Deus, que desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-se homem e deixou-se matar pela nossa salvação. Amou até o fim… É uma oportunidade para reviver os mistérios centrais da Redenção. A Liturgia lembra dois fatos: A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado num jumento, onde o povo o reconhece como Salvador e o aclama alegre (Mc 11,1-10) e a Paixão de Jesus Cristo, narrada pelo mesmo evangelista (Mc 15,1- 39): O triunfo e a humilhação.
A Paixão de Cristo segundo São Marcos é a primeira e a mais antiga (± 65 dC), a mais breve e dramática. É a que mantém uma ordem cronológica mais exata. O silêncio de Jesus é profético e às vezes incomoda. Na Ceia Pascal com os discípulos, Jesus mantém um silêncio solene e digno, aceitando o caminho da cruz. Não reage diante do beijo de Judas e ao gesto violento de Pedro. É a atitude de quem sabe que o Pai lhe confiou uma missão e está decidido a cumpri-la, custe o que custar. Durante o processo, nenhuma palavra, somente responde à pergunta, se é o Messias: “Eu Sou”. Jesus é o Filho de Deus, Filho do “Abba”, que o Centurião afirma aos pés da cruz: “Verdadeiramente esse homem era Filho de Deus”. Mas também é humano e partilha da fragilidade e da nossa natureza; abandonado pelos discípulos, escarnecido pela multidão, condenado pelos líderes, torturado pelos soldados, Jesus percorre seu caminho na solidão, até mesmo sentindo o abandono de Deus: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”.
Acompanhemos os passos de Jesus durante toda essa semana, com Ele aprendamos a servir e a amar.
Boa Semana Santa!
Deus te abençoe.