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A Igreja e os jovens (Um testemunho)

Esta é a quarta JMJ que participo. No momento, me encontro em Lisboa e participei da JMJ/23. Um mega evento Católico que, no início, segundo dados, 600 mil pessoas, na sua maioria jovens, se fizeram presentes e, hoje, na Missa de encerramento, chegou a mais de 1,5 milhão. Cerca de 25 mil voluntários “cuidaram” atenciosamente dos peregrinos.

O episcopado brasileiro foi representado por 30 Bispos, colaborando, sobretudo com as catequeses. Do Regional Sul 2 estiveram presentes o Pe. Kleber, assessor da Pastoral Juvenil e dezenas de jovens.

Celebrações eucarísticas, devoções (Via Crucis, Vigília Eucarística), catequeses, feira vocacional e outras iniciativas com enfoque juvenil, tornaram o evento grandioso, ímpar e edificante.

A presença do Papa, como sempre, foi o ponto alto. Celebrar a fé e solidificar a pertença à Igreja, com Pedro, motiva a continuar caminhando, testemunhando Jesus Cristo nos desafios atuais, especialmente nas questões que envolvem os jovens…

Os discursos do Papa, sempre esperados, foram breves, sem grandes provocações aos jovens, mas pontuais enfocando: a Igreja, porta aberta para todos; o protagonismo juvenil numa sociedade injusta, indiferente e consumista; o amor inclusivo de Deus por cada pessoa; a coragem frente aos desafios da vida e a dimensão missionária inspirada em Maria, que se levantou e às pressas, dirigiu-se à casa da prima para servir.

Percebeu-se o cansaço do Papa Francisco, frente as debilidades da idade, enfermidades e uma agenda exigente. No entanto, o Papa não perdeu a alegria e o entusiasmo o tempo todo.

Diversidade de raças, línguas, nações e um objetivo comum… A JMJ deixou evidente que a sinodalidade não é utopia e que é possível construir a unidade na pluralidade e o amor prevalecer sobre o ódio e as diferenças.

A opção por Seul, como próxima cidade a sediar a JMJ/27, levou em consideração o pedido dos Bispos da Coreia do Sul, com o objetivo de relançar a Pastoral Juvenil, num país que luta com o inverno demográfico e com um sistema educacional dominado pela competitividade. Os jovens do Oriente se extasiaram com a escolha.

Retorno ao Brasil, com a certeza de que vale a pena continuar apostando nas juventudes e motivando nossos padres a estarem próximos dos jovens, garantindo, assim, o futuro da Igreja e um mundo novo.

Gratidão, Senhor, por tudo!

Dom Amilton Manoel da Silva, CP – Bispo diocesano de Guarapuava (PR)

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