Ao longo de um ano a diocese de Guarapuava está publicando, a cada mês, a síntese das respostas de cada pergunta realizada durante os trabalhos de escuta do Sínodo dos Bispos, convocado pelo Papa Francisco. No mês de julho, vamos entender como é feito o processo de discernimento e como são tomadas as decisões em nossas comunidades.
Síntese da questão 09 – Discernir e Decidir
As decisões são tomadas em conjunto, levando em conta o bem comum, respeitando a hierarquia da Igreja e sempre à luz do Espírito Santo. Grupos de Conselhos Paroquiais de Pastoral (CPP’s) e Conselhos Paroquiais de Assuntos Econômicos (COPAE’s) são vistos como os protagonistas nas decisões e as referências dos fiéis que desejam ser escutados. O pároco, na maioria das comunidades, é visto como um mediador, orientador e guia espiritual.
Observa-se em algumas paróquias a dificuldade de incluir mais pessoas nas decisões importantes, seja por desconhecimento do funcionamento da Igreja ou por falta de abertura ao diálogo por parte dos coordenadores e sacerdotes. Ao mesmo tempo, há um desejo profundo de tornar o espaço comum acessível a todos, procurando meios de acolher quem não participa ativamente das decisões. O uso de novas tecnologias de comunicação, como aplicativos de mensagens e redes sociais, é citado como uma das formas de atingir esse objetivo.
Quanto ao discernimento, as Sagradas Escrituras são vistas como a principal fonte de inspiração na caminhada, ao lado dos documentos da Igreja. O amor ao próximo, alicerçado na empatia e na solidariedade deve ser o ponto comum de encontro para o diálogo e para a acolhida.
A fim de construir uma caminhada sinodal, é sugerida por algumas comunidades a ampliação da participação dos fiéis ao “decidir quem decide”, seja nos grupos de leigos que gerem as paróquias ou até mesmo na escolha dos sacerdotes que estarão à frente.
