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Sínodo dos Bispos 08 – AUTORIDADE E PARTICIPAÇÃO

Ao longo de um ano a diocese de Guarapuava está publicando, a cada mês, a síntese das respostas de cada pergunta realizada durante os trabalhos de escuta do Sínodo dos Bispos, convocado pelo Papa Francisco. No mês de junho, vamos entender como é exercida a autoridade dos padres e demais lideranças nas paróquias e comunidades.


Síntese da questão 08 – Autoridade e Participação

Na leitura geral dos relatórios o que chamou atenção especial para que muitas coordenações não confundam autoridade com autoritarismo, pois “na igreja a única autoridade verdadeira é aquela que é pautada no Evangelho, ou seja, autoridade de serviço”, portanto quem exerce autoridade deve compreender que está a serviço da comunidade.
Tendo em vista o exercício da autoridade dentro da paróquia e também do trabalho em conjunto com os membros dela, algumas paróquias conseguem notar a importância de termos um bom pastor em nosso meio conduzindo a igreja e também bons coordenadores que colaborem com a caminhada.
Muitas paróquias citaram a importância de ter coordenações ativas e disponíveis na paróquia e do quanto é claro o trabalho com relação a parte financeira. As tomadas de decisões normalmente são feitas em reuniões de forma democrática e buscando atender o que há de mais urgente dentro da paróquia.
Somos motivados pela Palavra de Deus, pelo poder da oração e ação do Espírito Santo convidando, motivando, acolhendo a participar dos projetos e ações missionárias. Nem sempre os objetivos são pautados no Evangelho, somos seres em construção, embora temos o objetivo de viver em comunhão estreitando a participação de todos.
Sente-se a necessidade de formação, qualificação e retiros para que os leigos possam desenvolver melhor suas habilidades e assim saber acolher aos demais e não deixar que seus interesses se sobressaiam.
Outro cuidado necessário refere-se a algumas coordenações que se sentem superiores aos demais, muitas vezes o padre não se mostra aberto ao diálogo para tomar decisões e acaba sendo impositivo em algumas ações com as coordenações.
Algumas coordenações também acabam ficando muito tempo a frente das comunidades e muitas vezes, sobrecarregando suas funções, não abrindo espaço para novos, se tornando um grupo fechado. Por isso abrir espaço de diálogo e escuta na paróquia, através de reuniões abertas para todos.
Temos que arregaçar nossas mangas e trabalhar para que aconteça mais encontros formativos sobre o catecismo da igreja, abertura de novos horizontes, oração e participação nos conselhos, exercitando a caminhada de participação, sinodalidade e missão, ouvir mais os leigos e respeitando a individualidade e potencialidade, estimulando a participação das pessoas que formam a igreja.
Não há uma igreja comunitária sem a comunhão hierárquica, desprovida de autoritarismo e comprometida com os ensinamentos de Cristo. Desta forma, uma autoridade que seja amiga e capaz de criar relações saudáveis, abertura de novos horizontes, oração e participação nos conselhos, exercitando a caminhada de participação, sinodalidade e missão, ouvindo mais os leigos e respeitando a individualidade e potencialidade, estimulando a participação das pessoas que formam a igreja, não haverá, desta forma risco de divisões. Partilhando as responsabilidades e somando os talentos.

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