Reflexões de dom Amilton Manoel da Silva, CP, sobre as leituras do 4º Domingo da Quaresma.
A Liturgia de hoje continua a catequese batismal da Quaresma. Vimos o símbolo da água, com o episódio da Samaritana. Hoje prossegue o tema da luz, com a cura do cego.
Na 1ª leitura (1Sm 16,1b.6-7.10-13a) Davi é ungido para rei de Israel. A Unção de Davi, eleito pessoalmente por Deus, é figura profética da Unção Batismal dos cristãos.
Na 2ª leitura (Ef 5,8-14), Paulo salienta a necessidade de viver como filhos da “Luz”, renunciando as obras das trevas e produzindo frutos de bondade, justiça e verdade.
No Evangelho (Jo 9,1-41), Jesus unge um cego com “barro”, revelando-se como a “Luz do Mundo”, que veio libertar os seres humanos das trevas. A cura do cego descreve o processo de fé de um homem, que vai passando das trevas da cegueira, para a luz da visão, e desta para a Luz da fé em Cristo. O “Cego” é símbolo de todas as pessoas que renascem pela fé, acolhendo a Jesus, no Batismo, e deixando-se conduzir pela sua palavra. O banho na piscina de Siloé (enviado) é uma alusão a “Água de Jesus”. Lembra também a água do batismo. Os vizinhos representam os que não estão dispostos a sair da sua vidinha, para ir ao encontro da “Luz”. Os fariseus representam aqueles que conhecem a novidade de Jesus, mas não estão dispostos a acolhê-lo e até hostilizam os seus seguidores. Os pais constatam o fato, mas evitam comprometer-se. Jesus reaparece no fim, vai ao seu encontro e inicia um diálogo, que culmina com um belo ato de fé do cego: “Eu creio, Senhor”.
Fraternidade e Fome: Sempre é possível enxergar Cristo nas mãos que partilham o pão.
Bom domingo!
Deus te abençoe.