
Neste domingo, 2 de novembro, Dia de Finados, o bispo diocesano de Guarapuava, Dom Amilton Manoel da Silva, presidiu a Santa Missa no Santuário Diocesano Nossa Senhora de Belém. A celebração, que inicialmente seria realizada no Cemitério Municipal Central, no bairro Santa Cruz, precisou ser transferida para o santuário devido às condições do tempo.
Logo no início da celebração, Dom Amilton acolheu os fiéis com palavras de conforto e fé. “Quantos entes queridos que fizeram parte e fazem da nossa história já não estão ao nosso lado, mas estão do outro lado, junto de Deus. Queremos crer que estão junto de Deus de alguma forma, porque cremos na misericórdia infinita do Senhor, cremos na ressurreição, cremos na vida eterna”, afirmou.
O bispo destacou também o sentido espiritual do Ano Jubilar da Esperança, recordando a possibilidade de oferecer indulgência plenária por um falecido. “Até o dia 8, a Igreja nos dá a possibilidade de oferecer indulgência plenária para um falecido. Então, a confissão dentro de 20 dias, a comunhão nessa intenção e oferecer a Santa Missa — ao final rezaremos nas intenções do Papa Leão XIV”, explicou.

Durante a homilia, Dom Amilton conduziu os fiéis a uma profunda reflexão sobre o mistério da vida e da morte, sublinhando que, para os cristãos, a morte é apenas passagem. “A liturgia de Finados nos coloca diante do mistério da vida. E dentro do mistério da vida, o mistério da morte. Com Jesus Cristo temos a certeza de que fomos criados para viver, e não para morrer”, declarou.
Ele recordou que o Batismo é o primeiro sinal dessa vitória sobre a morte: “O batismo faz morrer o que não é de Deus — o pecado — e nos faz nascer para o céu. Por isso, não se morre, se vive. Na pia batismal, o útero da Mãe Igreja, nós nascemos para o céu”, disse.
Inspirado em São Paulo e nos Santos Padres, Dom Amilton explicou que a fé na ressurreição nos chama a uma vida de santidade e amor. “Sepultamos o que parece ser da pessoa, um corpo imóvel, mas o que realmente permanece é o ser criado à imagem e semelhança de Deus. Ressuscitaremos em corpo e alma, com tudo o que fomos de melhor nesta vida”, afirmou.

O bispo reforçou que a ressurreição é dom e promessa, fruto do amor redentor de Cristo. “Se Cristo nos garantiu e abriu as portas do céu, agora cabe a nós viver como ressuscitados pela graça batismal, amando a Deus e ao próximo, para conquistar aquilo que não é mérito nosso, mas graça de Deus.”
Encerrando a homilia, Dom Amilton lembrou que o céu é o destino de amor e comunhão para o qual todos somos chamados. “Jesus disse que todos ressuscitarão, mas nem todos para a vida eterna. Queremos ressuscitar para a vida eterna. Por isso, vivamos na gratidão, na graça, servindo a este Deus que se deu por inteiro, amando e nos salvando”, exortou o bispo.
Após a Missa, os fiéis rezaram junto com o bispo Terço Mariano, encerrando o último mistério junto ao túmulo de Dom Frederico Helmell, primeiro bispo da Diocese de Guarapuava, sepultado no interior do santuário — um gesto de fé e memória que reafirma a esperança cristã na vida que não tem fim.





