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Lucas, o menino do milagre de Fátima, testemunha graça recebida durante Santa Missa em Guarapuava

Lucila (mãe de Lucas), João Batista (pai), Lucas e Eduarda (irmã)

No último sábado, 17 de maio, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Guarapuava (PR), viveu uma noite de profunda emoção e fé. Durante a celebração em honra à padroeira, a comunidade acolheu o jovem Lucas e sua família, protagonistas do milagre reconhecido oficialmente pelo Vaticano que levou à canonização dos santos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, videntes de Nossa Senhora em Fátima.

Em entrevista ao jornalista Jorge Teles, o pai de Lucas, João Batista, compartilhou os detalhes do acontecimento extraordinário vivido em março de 2013, quando o filho tinha apenas cinco anos de idade. “Na época o Lucas estava brincando com a irmã no sofá, e a janela da sacada estava aberta. Ele perdeu o equilíbrio e caiu de uma altura de seis metros e meio. Sofreu uma pancada no lóbulo frontal esquerdo e teve um traumatismo craniano com perda de massa encefálica”, recordou.

Diante da gravidade do acidente, a família recorreu à fé. “O médico nos disse que não sabia se ele voltaria da cirurgia ou, se voltasse, que talvez tivesse sequelas graves. Foi quando pedimos orações às Irmãs do Carmelo de Campo Mourão. Uma das religiosas tinha as relíquias dos pastorinhos Francisco e Jacinta e fez uma oração simples pedindo que ajudassem o Lucas, que também era uma criança, como eles foram um dia”, relatou o pai.

“Foi um momento difícil. Quando um médico chega e depois de um pós-operatório fala que é muito difícil o seu filho sobreviver. É nessas horas que você tem que jogar o joelho no chão e pedir a Deus. Realmente a esperança é a última que morre. Em todos os momentos eu pedia a Deus que ele ficasse com a gente e, do jeito que ele viesse, a gente iria cuidar dele”.

O desfecho surpreendente veio apenas três dias depois. “O Lucas acordou do pós-operatório sem nenhuma sequela e, ao despertar, perguntou pela irmãzinha dele. Os médicos ficaram impressionados. Foi algo extraordinário”, afirmou João.

Dom Amilton, bispo diocesano, juntamente com Lucas e sua família, na festa da Paróquia Nossa Senhora de Fátima

O caso foi estudado pelo Vaticano, reconhecido como milagre, e levou à canonização dos pastorinhos no dia 13 de maio de 2017, pelo Papa Francisco. “A comunidade de Fátima, através da irmã Ângela, postuladora na época da causa de canonização dos dois santos, perguntou se podia estudar o caso do Lucas. Aí veio o Brasil e os médicos relataram que realmente tinha sido uma coisa extraordinária pela recuperação dele em relação ao acidente e que realmente todos acreditavam que tinha sido uma força sobrenatural. Nos sentimos como instrumentos na canonização de dois santos tão jovens. Foi muito bonito e gratificante. Coroou a recuperação do Lucas e tudo o que vivemos naquele tempo”, testemunhou o pai.

João também expressou profunda gratidão às Irmãs Carmelitas. “O Carmelo foi um divisor de águas na nossa vida. Elas vivem em oração e contemplação, têm um canal direto com o céu. A presença delas nos trouxe paz. E é bonito perceber como tudo se conecta: a irmã Lúcia, uma das videntes de Fátima, também foi Carmelita, e o milagre do Lucas teve relação direta com o Carmelo de Campo Mourão.”

Hoje, aos 17 anos, Lucas é um jovem cheio de esperança e planos para o futuro. “Estou estudando, e o motivo de eu estar fazendo o curso de medicina é porque fui salvo por médicos, que exercem a função de ajudar outras pessoas. Eu também quero fazer isso: ajudar os outros”, afirmou com simplicidade.

Ao ser questionado sobre que mensagem deixaria aos jovens, Lucas não hesitou: “Quero dizer aos jovens que é necessário estudar para ter um futuro brilhante, para não depender dos outros. Com foco e gerenciamento de tempo, é possível ir muito longe e ser uma pessoa feliz e contente junto a Deus. Tem que ter fé e esperança toda hora, porque a gente sempre vai precisar de Deus — pode não ser agora, mas em algum momento sim. E Ele sempre vai estar lá para ajudar a gente.”

A presença de Lucas e de sua família na celebração da padroeira de Fátima renovou a fé da comunidade e recordou que o céu continua agindo na história humana, especialmente quando os corações se abrem à oração, à esperança e à confiança em Deus.

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