“Todos têm o direito de receber o Evangelho. Os cristãos têm o dever de o anunciar, sem excluir ninguém”, são palavras do Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium. Nela o Papa lembra que todos os batizados receberam essa missão, portanto todo batizado é missionário.
Uma Igreja em saída, que se aproxima, que escuta é uma Igreja missionária. Uma Igreja que caminha junta, com um mesmo objetivo é uma Igreja sinodal. Dessa forma missão e sinodalidade são conceitos interligados e que fazem parte da natureza da Igreja.
Sinodalidade foi o tema da Assembleia do COMIRE (Conselho Missionário Regional) em Guarapuava, no Centro de Formação São João Diego, no último final de semana, 13 à 15 de setembro, assessorado pelo padre Antônio José de Almeida, teólogo, sacerdote da Diocese de Apucarana.
O bispo referencial para a Missão no Regional Sul 2, bispo de Paranavaí, Dom Mário Spaki explicou a escolha do tema: “Queremos que a missão aqui do Paraná esteja em sintonia com o Papa, com aquilo que está no coração dele e de toda a Igreja”.
O Coordenador Regional do COMIRE, Donizeti Duarte, disse que a escolha do tema também teve o objetivo de trazer para os coordenadores diocesanos mais informações sobre o Sínodo convocado pelo Papa Francisco, os caminhos percorridos, os desdobramentos, e sobre a segunda sessão que irá ocorrer no próximo mês de outubro.
A assembleia contou com 57 participantes, coordenadores de Comidi (Conselho Missionário Diocesano), Comipa (Conselho Missionário Paroquial), IAM (Infância e Adolescência Missionária), JM (Juventude Missionária), dentre eles 7 sacerdotes, de 13 dioceses do Paraná.
Além do estudo do tema principal houve a partilha dos encontros dos COMIDIs que aconteceram por províncias e também foi feito o planejamento para 2025.
O padre Alcides Andreatta, da diocese de Cornélio Procópio, avaliou positivamente o encontro. “Quando o Papa traz o tema da sinodalidade ele resgata que é necessário caminhar, discernir e vivenciar a ação pastoral juntos. Este encontro foi um momento para aprofundar e se apropriar mais do assunto para voltarmos às nossas dioceses com o objetivo de fazermos a missão acontecer juntos, pois ela tem que ser compreendida e entendida como própria do ser cristão. Não tem como ser cristão sem ser missionário. Todo batizado é missionário e precisa tomar consciência disso. Precisamos fazer a missão juntos, em sinodalidade”.
Dom Amilton Manoel da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, esteve no encontro no domingo pela manhã. Citando o Papa Francisco, dom Amilton disse que o missionário só bem anuncia Jesus se estiver animado, encantado com Ele para dessa forma poder encantar os outros. Se o missionário estiver triste, desesperançado, não vai encantar ninguém. “Cristão triste não encontrou a boa notícia, então não vai convencer ninguém. O coração do missionário tem que arder para incendiar os outros”.